Crédito: Seeb São Paulo
Contratado pelo banco gravou conversa e fugiu ao ser reconhecido
O desrespeito dos bancos ao direito de greve dos bancários virou caso de polícia. Nesta sexta-feira (20), dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sᆪo Paulo estavam ao lado de trabalhadores em greve, em frente à agência do Santander na Avenida Rio Branco, no centro da capital paulista, quando um homem, que se identificou como bancário, exigiu entrar na unidade.
Enquanto os dirigentes sindicais conversavam com o suposto bancário, perceberam que estavam sendo gravados e desconfiaram da postura de quem era, na verdade, um advogado contratado pelo banco espanhol. O objetivo era gravar para, provavelmente, forjar uma liminar, como se os diretores do Sindicato estivessem proibindo a entrada dos trabalhadores.
Os sindicalista pediram que a gravação feita indevidamente e de forma manipulada fosse apagada, mas o advogado se recusou. A confusão foi presenciada por um policial à paisana que acabou acionando outros PMs.
Tanto o advogado quanto os dirigentes do Sindicato foram levados à delegacia, para prestar esclarecimentos. "Nada disso teria acontecido se os bancos respeitassem o direito de mobilização dos bancários", afirma o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo.
As comissões de esclarecimento são inclusive previstas pela Lei de Greve (lei 7.783/89), que em seu artigo sexto assegura ao grevista utilizar "meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem".
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo