Mesmo com o adiamento unilateral da negociação por parte da direção do BNDES, o que foi mais uma medida protelatória, a Contraf-CUT e o Sindicato do Rio de Janeiro mantiveram a assembleia desta terça-feira 17, cuja ordem do dia era a avaliação do processo de negociação e a deliberação por nova paralisação de 24 horas nesta quinta-feira 19.
Ocorre que, 30 minutos antes do início da assembleia, o representante da Contraf-CUT, Miguel Pereira, foi chamado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que se manifestou no sentido de ratificar seu compromisso com a implantação da GEP Carreira e formalmente oficializou como proposta base para negociação a apresentação feita ao funcionalismo em novembro de 2013 e apontando que quer ver esse processo concluído até 15 de fevereiro de 2014, por meio de negociação coletiva.Ficou definida para 6 de janeiro nova rodada de negociação para o prosseguimento da discussão da renovação do acordo coletivo de trabalho e, finalmente, o início do debate sobre a GEP Carreira. Veja aqui o documento escrito e assinado pelo presidente Luciano Coutinho, assumindo pessoalmente os compromissos acima. DescontentamentoInformada sobre esses novos acontecimentos, a assembleia se manifestou de maneira cética e descontente com o comportamento da direção da empresa. Os cerca de mil participantes da assembleia votaram maciçamente pelo encaminhamento do ponto, considerando-se frustrados com a falta de resultados concretos até o momento, mesmo após o novo compromisso do presidente Coutinho.No entanto, os funcionários presentes à assembleia decidiram por maioria suspender o indicativo da Contraf-CUT e do Sindicato do Rio de paralisação de 24 horas nesta quinta-feira 19. "A Contraf-CUT considera positivo o envolvimento pessoal do presidente do BNDES na busca de uma solução para o impasse, mas deixou claro na conversa que é melhor valorizar a mesa de negociação para a solução das pendências. A Contraf-CUT também sugeriu ao presidente do BNDES que considere a possibilidade de acompanhar de alguma forma as negociações nessa fase mais objetiva", relata Miguel Pereira, representante da Confederação nas discussões com o banco público federal."A participação da presidência acompanhando a mesa de negociação poderia minimizar o desgaste e a descrença do funcionalismo no processo negocial, uma vez que em quatro meses de discussões não houve nenhum avanço concreto, enquanto a cláusula 22 do acordo em vigor determinava a implantação da GEP Carreira a partir de julho de 2013. A prova do descontentamento dos funcionários foi que, mesmo com a apresentação do novo documento assinado pelo presidente, a assembleia se declarou maciçamente frustrada com as negociações até agora", avalia Miguel. "Por outro lado, temos agora a possibilidade e do desafio, a partir de 6 de janeiro, de negociar a melhor proposta que pudermos para a GEP Carreira. A unidade das entidades e de todos os funcionários e a mobilização definirão o resultado final", conclui o diretor da Contraf-CUT.Fonte: Contraf-CUT