Crédito: CUT-RJ
O fator previdenciário desagrada em cheio o movimento sindical. Os números dão razão aos sindicalistas. A maldade criada pelo presidente Fernando Henrique (e mantida pelos demais governos) já prejudicou 2.738.478 trabalhadores.
Criado em 1999, o fator é uma fórmula matemática aplicada nos pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição. Na prática, retarda a concessão da aposentadoria e achata o valor dos benefícios.
Pela regra, o valor do benefício previdenciário é calculado com base na média aritmética dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período em que o segurado contribuiu para a Previdência, de julho de 1994 à data da aposentadoria (corrigidos monetariamente), ajustado pelo "fator".
O valor do benefício considera, além do tempo de contribuição, a idade na data de concessão da aposentadoria e a expectativa de sobrevida a partir dessa idade, com base no indicador médio do IBGE.
Mobilização
A CUT e as centrais sindicais realizaram na terça-feira (12) um Dia Nacional de Luta pelo fim do fator previdenciário.
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, destacou a capacidade de organização e mobilização. "Mais uma vez, as centrais foram às ruas em todo o Brasil e demonstraram estar preparados para lutar pelos direitos dos/as trabalhadores/as, seja com mobilizações, seja pressionando o governo e o Congresso Nacional".
"Queremos que o Executivo envie para o Legislativo um projeto de lei que acabe com o fator previdenciário. Vamos pressionar para que os/as trabalhadores/as se aposentem quando atingirem o tempo de contribuição com a remuneração a que têm direito", disse.
Vagner destacou que o fator previdenciário é especialmente cruel com os/as trabalhadores/as que ingressaram precocemente no mercado de trabalho. Eles começam a contribuir mais cedo para a Previdência Social, atingem o tempo de contribuição mínimo e acabam punidos pelo fator.
Fonte: CUT