Os bancos brasileiros continuaram crescendo mesmo após a crise financeira mundial. Em setembro de 2008, quando eclodiu a crise, o total de ativos de 156 bancos que entregaram balanços ao Banco Central era de R$ 3,006 trilhões. Em junho deste ano, os ativos de 140 bancos - 16 desapareceram por conta das fusões no setor - alcançaram R$ 5,705 trilhões, salto de 89%.
Assim, os ativos dos bancos no Brasil, que chegava a 100% do Produto Interno Bruto passou, em cinco anos, para 126% do PIB do país.
O presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues, destaca o índice de Basiléia como outro dado que mostra a solidez do setor bancário no país. Nos últimos cinco anos, esse índice também aumentou, o que significa que as instituições financeiras têm patrimônio para bancar as operações de empréstimo e, portanto, estão mais protegidas contra uma crise.
A Austin Rating é uma agência brasileira classificadora de risco de crédito. Outros dados mostram que o setor no país atravessou a crise mundial com crescimento. O lucro líquido, que em setembro de 2008, estava em R$ 21,6 bilhões, em junho deste ano chegou a R$ 35,89 bilhões.
O patrimônio líquido passou de R$ 281,4 bilhões em setembro de 2008 para R$ 554 bilhões em junho passado.
O crédito saltou de R$ 1,23 trilhões para R$ 2,37 trilhões no mesmo período.
O número de contas correntes ativas, que eram 82 milhões, chegou a 97 milhões, e o total de cartões de crédito pulou de 514 milhões para 749 milhões.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e Brasil Econômico