São Paulo - Os bancários de uma agência do Santander localizada na zona sul da capital paulista viveram momentos de terror na quarta-feira 16, quando a unidade onde trabalham sofreu um assalto. Até 17h30 desta quinta 17, o banco ainda não havia emitido a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Gilberto Campos, destaca que a unidade permaneceu fechada nesta quinta. "O Sindicato está acompanhando a ação e cobrando o banco para que forneça a CAT o quanto antes", afirma o dirigente, acrescentando que responsabilidade da emissão do documento é do banco.
A CAT permite ao trabalhador que sofrer eventuais sequelas físicas ou psíquicas em decorrência de acidente de trabalho - o que inclui assalto - comprovar sua ligação com o incidente e, dessa forma, resguardar seus direitos.
A Lei 8.213/91 determina que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa pelo empregador em caso de omissão.
O ataque
Segundo testemunhas, cerca de 15 assaltantes invadiram a agência antes da abertura ao público, às 9h. Estavam bem armados, equipados com fuzis e inclusive com dinamite. Na hora do assalto, havia cerca de 10 bancários na agência.
Ainda de acordo com as vítimas, os bandidos chegaram a colocar uma banana de dinamite no meio das pernas de uma das funcionárias enquanto o cofre era roubado. Outra banana de dinamite ficou exposta em cima de uma mesa, como forma de aterrorizar os demais funcionários rendidos. Um vigilante foi agredido.
"Foi muito tenso. Você vê uma bolsa com dinamite dentro, os assaltantes ameaçando explodir a agência e a gente sem poder fazer nada. Foi muito difícil. Todos nós ficamos muito nervosos, mas mantivemos a calma", relatou uma das vítimas.
Um psicólogo designado pelo banco acompanhou os funcionários.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo