Depois de 'viciar' usuários, Facebook passa a cobrar pela veiculação de posts de 'fanpages', compromete a democracia na rede e amplia peso do poder econômico na difusão de conteúdo. Assine nosso boletim 

São Paulo – Desde o início de março, o Facebook adotou uma nova política comercial, passando a cobrar pela distribuição dos conteúdos das chamadas fanpages. Com isso, inúmeros sites, blogues, movimentos sociais, artistas e coletivos culturais deixam de ter um espaço importante e gratuito para a divulgação de seus trabalhos, reportagens, opiniões e atividades.

Sem entrar no mérito do direito comercial do Facebook, que foi criado e desenvolvido para ser um negócio e ganhar dinheiro, o fato é que a medida prejudica fortemente veículos como a RBA. Para veiculação de um único post, por exemplo, a tarifa regular é de US$ 75.

Nos últimos anos, o Facebook consolidou-se como principal rede de compartilhamento de informações do planeta. E, desse modo, tornou-se uma ferramenta de democratização de difusão de informação. Ao pôr em prática essa estratégia comercial, porém, o poder econômico passa a ter peso maior que a qualidade do conteúdo. E cria novos desafios para os comunicadores que, como a RBA, travam uma dura batalha pela democratização do acesso e da veiculação da informação, com ampliação da diversidade de versões e opiniões capaz de “concorrer” com a mídia comercial.

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