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15 de Março de 2015 às 23:00

16/03/2015 - Milhares de pessoas na Cinelândia defendem Petrobrás e democracia


Crédito: CUT-RJ
Mobilização no Rio defendeu também os direitos dos trabalhadores

Num dos maiores eventos promovidos pelos movimentos sindical e social nos últimos anos, milhares de pessoas marcaram presença nesta sexta-feira, dia 13 de março, na manifestação em defesa da Petrobrás, dos direitos dos trabalhadores e da democracia, que aconteceu na Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Organizada pela CUT-RJ, CTB, outras centrais, FUP, UNE, MST, dentre outras entidades da sociedade, a manifestação do Rio fez parte do Dia Nacional de Lutas, com atividades em todos os estados. Depois do ato da Cinelândia, os manifestantes seguiram em direção à sede da Petrobrás, onde abraçaram a sede da estatal.

Os oradores denunciaram as articulações golpistas da oposição ao governo federal, incentivadas dia e noite pelo cartel da mídia, que não se conforma com a derrota eleitoral de outubro. Mas deixaram claro que não aceitam um ajuste fiscal que prejudique a classe trabalhadora, conforme as Medidas Provisórias 664 e 665. O governo deve ajustar suas contas taxando as grandes fortunas, os ganhos de capital e as heranças.

Ficou claro tambᄅm que os movimentos sociais não permitirão que a Petrobrás seja privatizada como querem os oposicionistas. Para as entidades, os corruptos devem ser punidos, mas a empresa, o regime de partilha e o conteúdo nacional devem ser preservados a todo custo, em nome da independência e da soberania nacional.

- É motivo de muita felicidade ver que estamos na rua, fazendo o contraponto à oposição e à mídia que querem destruir o Brasil. Mas não posso deixar denunciar aqui um fato extremamente grave acontecido esta semana, que foi a ameaça de morte que circulou nas redes sociais contra o símbolo da luta do povo brasileiro, que é o nosso líder do MST, João Pedro Stedile - disse Darby Igayara, presidente da CUT-RJ, que pediu uma salva de vaias para o autor da ameaça.

Para o presidente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), José Maria Rangel, a oposição e a mídia não querem a punição de corruptos e corruptores, mas sim atingir a Petrobras. "Estamos aqui reafirmando o nosso compromisso com a democracia, mas avisamos que não vamos aceitar ajuste fiscal no lombo dos trabalhadores", afirmou.

- Quem está nas ruas de todo o país hoje é o povo, não a Rede Globo, ouvido da burguesia e língua do diabo. Nós ganhamos a eleição e eles não querem aceitar. E, se o Brasil vive uma crise, a culpa é dos capitalistas. Por isso, não aceitaremos redução de direitos da classe trabalhadora - defendeu João Pedro Stedile, coordenador nacional do MST.

- O país tem é que investir na produção, na indústria e na Petrobrás, empresa que tem que ser defendida por nós. Não é por causa de meia dúzia de gerentes filhos da puta que a Petrobrás tem que pagar. Lugar de ladrão é na cadeia, e não se beneficiando de delação premiada - salientou Stedile.


Fonte: CUT-RJ

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