Para centro de estudos de mídia, candidato tucano atua 'ostensivamente' como censor ao longo de sua trajetória política
por Redação RBA
São Paulo – O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé elegeu o candidato Aécio Neves (PSDB) como inimigo número 1 da liberdade de expressão no país. "São incontáveis os casos de intervenção direta do tucano nos veículos de comunicação e nas redes sociais para impedir a publicação de notícias negativas a seu respeito ou sobre o seu governo", diz o Barão de Itararé em nota. Para o centro, Aécio atua "ostensivamente" como censor ao longo de sua trajetória política.
"A censura praticada por Aécio Neves assume várias formas: a ligação direta para os donos dos veículos de comunicação, perseguição a jornalistas e comunicadores sociais e ações judiciais para impedir publicações e retirar conteúdos da internet", afirma o centro, citando duas ações, do candidato e de seu partido, para retirada de conteúdo virtual.
"Uma delas quer retirar da rede mundial de computadores todos os links (levantamento aponta que são mais de 20 mil conteúdos) que fizerem menção ao desvio de verbas praticado pelo tucano no governo de Minas Gerais", destaca o Barão. "A outra – que corre em segredo de Justiça – pede que sejam tomadas providências contra perfis e comunidades na internet que relacionam Aécio ao consumo de drogas."
O centro de estudos lembra ainda que, durante a campanha eleitoral, Aécio entrou com processo contra o Twitter para exigir a entrega de registros de 66 usuários da rede social, "entre os quais, blogueiros, jornalistas e ativistas digitais". É citado ainda o episódio de invasão, pela polícia, do apartamento da carioca Rebeca Mafra, "por solicitação de Aécio Neves, que citou a jornalista por crime contra honra".
"Um político que não consegue conviver com a liberdade de expressão não terá nenhum compromisso com a sua promoção", deduz o centro de estudos. Para a entidade, foram dados poucos passos no sentido de uma "regulação democrática dos meios de comunicação", a fim de buscar "mais pluralidade e diversidade na mídia brasileira, combatendo o monopólio privado da mídia que atua, no país, como partido de oposição".