Bancários querem novos avanços nas negociações com o banco espanhol
A Contraf-CUT, federações e sindicatos entregam nesta quinta-feira (14), às 14h, a minuta de reivindicações específicas dos funcionários à direção do Santander, em São Paulo. O objetivo é renovar com avanços o acordo coletivo aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A vigência termina no próximo dia 31, assim como encerra o acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) e os termos de compromisso Cabesp e Banesprev.
A minuta está sendo submetida à aprovação de assembleias em todas as bases sindicais onde há unidades do banco espanhol. A definição da pauta ocorreu durante a reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, ocorrida na última sexta-feira (8), no auditório da Contraf-CUT, com a participação de mais de 50 dirigentes sindicais de todo o país.
Além da atualização de cláusulas do acordo vigente, há várias demandas da minuta anterior de 2012 e novas propostas dos trabalhadores do banco, elaboradas a partir da consulta feita por vários sindicatos aos funcionários, que também apontaram as prioridades para as negociações específicas, destacando-se a garantia de emprego, mais contratações e a manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa.
O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 2,864 bilhões no primeiro semestre de 2014, que significa 19% do lucro global do banco espanhol, que foi de 2,756 bilhões de euros.
"Com todo esse lucro, esperamos obter novas conquistas econômicas e sociais nas negociações com o Santander, buscando sobretudo mais empregos e melhores condições de trabalho, dentre outras tantas demandas, além de procurar a valorização do empenho e da dedicação dos funcionários", afirma Ademir Wiederkehr, secretário de Imprensa da Contraf-CUT.
Os bancários do Santander são os únicos da iniciativa privada a contar com acordo coletivo aditivo. O instrumento garante uma série de conquistas e é fruto da mobilização dos trabalhadores oriundos do Banespa à época da sua aquisição pelo banco espanhol, durante o processo de privatizações do governo FHC, em 2000.
"É fundamental a participação de todos na luta para conseguirmos não só a manutenção dos direitos já garantidos como também para avançarmos sobre novas conquistas", destaca Maria Rosani, coordenadora da COE do Santander e diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo