> Jornal Raios distribuído na assembleia

“Esses trabalhadores vão receber mais verbas salariais, ganharão PLR, terão garantidos mais direitos trabalhistas e contarão com um sindicato forte e combativo. A categoria também ganha, pois mais trabalhadores reforçarão a luta por melhores condições de trabalho daqui pra frente”, declarou a presidenta do Sindicato Juvandia Moreira.

“O que já era bom vai ficar ainda melhor. Meu salário vai quase dobrar, vou ganhar PLR. Estou muito feliz”, comentou um dos 500 trabalhadores presentes à deliberação na noite desta terça feira 11, na Quadra dos Bancários.

Pela proposta aprovada, cerca de 1,3 mil desses novos bancários em todo o país vão ganhar até 137% a mais. Os 90 funcionários que recebem o piso passarão a receber o valor da categoria, o que significa aumento de 71%.

A diretora executiva do Sindicato Neiva Ribeiro ressalta a diminuição da jornada de trabalho –  em media 16 horas a menos por mês com a mudança. Até hoje esses funcionários tinham que trabalhar por escala quase todos os finais de semana. Agora eles terão pelo menos dois fins de semana de folga e não poderão trabalhar mais do que cinco dias consecutivosﾝ, explica.

O novo bancário aprovou a novidade.  “Antes tinha que trabalhar quase uma hora a mais todos os dias para poder ficar livre aos finais de semana. Agora terei mais tempo para ficar com a minha família”, comemorou.

Neiva também destaca que a mudança poderá abrir novas oportunidades de ascensão profissional no banco.  “A vinda desses trabalhadores fortalece a categoria. Para eles será a retomada de um longo caminho de conquistas, mas é também é o desfecho de uma luta de mais de mais de uma década”,  declarou.

Doze anos – Em 2002, após fusão, o Bradesco transformou em comerciários os bancários do Finasa, instituição especializada em financiamentos.

Em 2009, foi a vez dos funcionários do antigo BMC. Comprado pelo Bradesco em 2007, eles foram pressionados a assinar uma carta solicitando transferência para o Finasa. A manobra representou um adeus à categoria bancária. Eles passaram a ser promotores de vendas, perdendo direitos históricos como PLR, vale-refeição, dentre outros.

“São esses funcionários que hoje celebraram o ingresso à categoria forte e combativa dos bancários. E nós estamos muito felizes com o retorno para onde nunca deveriam ter saído” , afirmou o dirigente Luzenilton Creton Souza.

Fonte: Seeb/São Paulo - Rodolfo Wrolli