Existe a suspeita de que os bancários do edifício estão expostos a riscos, dado que o diesel está sendo armazenado fora das normas do Ministério do Trabalho e do Emprego
Com base em ação aberta pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a 28ª Vara do Trabalho de São Paulo determinou a apuração de risco na Caixa do Largo da Concórdia, no Brás, por conta da guarda irregular de combustível. A suspeita é de que os empregados do edifício estão expostos a riscos, dado que o diesel está sendo armazenado fora das normas. Perito foi nomeado e caberá a ele responder a questões sobre os perigos que os trabalhadores correm.
No prédio da Caixa no Largo da Concórdia, no Brás, o combustível é usado para alimentar geradores de energia. Ali há três grupos motores que geram eletricidade, equipados com tanques externos de 250 litros de óleo diesel e um tanque elevado de 6 mil litros. Um laudo foi elaborado em setembro de 2013 e, na ocasião, foi atestado que todos os compartimentos do prédio estavam em desobediência a normas do Ministério do Trabalho e do Emprego.
A perícia ocorreu porque um empregado, brigadista e ex-cipeiro, tinha impetrado ação contra Caixa. A partir dessa iniciativa, o Seeb/SP passou a representar o coletivo de trabalhadores, entrando com um processo contra o banco. Eis a meta: obrigar a empresa a eliminar os riscos e a ressarcir os bancários que estiveram ou ainda estão expostos a perigos.
Após novo laudo e manifestação das partes, o processo volta para decisão judicial. Mas, além da Caixa, o Seeb/SP também questiona judicialmente pelo mesmo motivo diversas outras instituições financeiras, a exemplo do BV Financeira, Citibank, Itaú, HSBC, Safra e Santander.