A campanha de difamação aos fundos de pensão precisa parar! A matéria publicada na edição 2324 da revista IstoÉ mostra que, para alguns, o processo eleitoral na Funcef e na Previ não terminou. Juntas, as duas entidades têm 235 mil participantes. São milhares de pessoas que contribuem hoje para garantir um futuro mais tranquilo.
É inadmissível que informações levianas gerem qualquer incerteza em relação a esse planejamento de vida e provoquem confusão. Ao que parece, não interessa aos detratores dos fundos de pensão a correta informação sobre o que acontece, posto que o que se busca é a distorção da realidade para torná-la permeável a críticas. Nesse sentido, é vital que haja mais responsabilidade para com os assuntos da nossa Fundação.
Analisar os dados de um fundo de pensão requer cautela e responsabilidade. No caso da Funcef, é público que alguns planos tiveram déficit de cerca de R$ 3 bilhões entre 2012 e 2013, sobretudo devido à conjuntura econômica mundial. Foi assim na maioria das entidades fechadas do sistema de previdência complementar.
No entanto, o patrimônio da Fundação não foi afetado, passando de R$ 49,8 bilhões para R$ 52,4 bilhões, no mesmo período. De 2003 a 2013, os investimentos tiveram rendimentos de 418,27%, enquanto a meta atuarial era de 243,48%.
Os resultados mostram que a gestão tem sido adequada e transparente, com investimentos aprovados após rigorosos processos de avaliações. Os comitês técnicos e de assessoramento externo garantem a segurança e a liquidez necessárias, como parte de um processo de democratização da gestão, conquistado com muita luta e mobilização ao longo dos anos. Ao contrário do que teria afirmado o novo diretor de Administração, Antônio Augusto de Miranda, investe-se onde acredita-se, com base nas análises, que os resultados serão bons para participantes e assistidos.
Aliás, é preciso conhecer os reais objetivos das declarações do diretor recém-empossado - que fala em "ameaça" no que diz respeito à destinação dos recursos dos fundos de pensão - e da matéria da revista IstoÉ. A Funcef tem o dever de cobrar explicações, pois essa postura não reflete compromisso com os 135 mil participantes da Fundação.
Afinal, a quem interessa levantar suspeitas infundadas sobre a condução da Funcef? Certamente, não aos empregados ativos e aposentados da Caixa. O mais grave, nesse caso, é que o comportamento não fortalece a atuação de diretores e conselheiros eleitos. Apenas prejudica o trabalho coletivo (todo o movimento dos empregados da Caixa por intermédio de entidades e representantes eleitos), em defesa da Funcef e de seus associados.
Por fim, é lamentável a decisão da IstoÉ de não ouvir a direção dos três fundos de pensão citados na matéria: Funcef, Previ e Petros. Uma das regras do bom jornalismo manda "verificar antes de disseminar".
Jair Pedro Ferreira Presidente da Fenae Décio de Carvalho Presidente da FenacefFonte: Fenae