A greve de 24 horas nesta terça-feira (10) no BNDES, aprovada na assembleia no dia 3 e ratificada ontem, após mais uma rodada de negociação frustrada com o banco, teve a adesão da quase totalidade dos funcionários e paralisou a matriz da instituição, no Rio de Janeiro. A intensidade do movimento é resultado do descontentamento dos bancários diante da posição do banco, que insiste em apresentar proposta parcial, apenas corrigindo itens de natureza econômica do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2012/2014 e não apontando de maneira objetiva a implantação da GEP-Carreira, principal reivindicação dos trabalhadores.
A novidade apresentada na negociação de ontem é que o banco se propõe finalmente a tratar da questão GEP Carreira, em duas novas rodadas: nesta quarta-feira (11) e outra no dia 17, mas com uma formulação nada consistente.
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Mesmo com a rejeição em mesa da parcialidade da proposta e a realização da greve de 24 horas, está confirmada a nova rodada nesta quarta para debater exclusivamente a Gep Carreira.
"Esperamos que desta vez o banco tenha entendido a mensagem dos funcionários, que deixaram claro que não aceitam mais protelação em um tema que já consta no acordo coletivo específico para implantação em 1º de julho de 2013 e que o BNDES vem descumprindo", ressalta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. "É um absurdo estarmos em dezembro e termos tamanhas indefinições com relação ao assunto", acrescenta.
"A nossa expectativa é que a diretoria do banco entenda o recado do funcionalismo, respeite o acordo coletivo e apresente uma proposta global relativa ao GEP Carreira. Chega de enrolação", afirma a diretora da Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Luciana Vieira.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio de Janeiro