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11 de Junho de 2014 às 13:39

11/06/2014 - Copa do Mundo traz ganhos econômicos aos trabalhadores, aponta Dieese



Operários fazem greve nas obras do estádio do Maracanã em 2011

As obras da Copa do Mundo beneficiaram os trabalhadores na construção civil. É o que aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseado em levantamento das mobilizaᄃões e conquistas dos trabalhadores que atuaram na construção e reforma dos estádios.

O estudo, a pedido da ICM - Federação Internacional de Trabalhadores na Construção e Madeira - avalia os resultados da Campanha Trabalho Decente, antes, durante e depois da Copa 2014, iniciada em 2011.

A campanha aglutinou diversos sindicatos no País, fazendo reuniões com governos, visitas a estádios ou assembleias nos locais de trabalho, o que contribuiu para acordo nacional tripartite, que prevê melhoria das condições de trabalho, segurança e de vida aos trabalhadores.

Segundo o representante da ICM na América Latina e Caribe, Nilton Freitas, a luta conjunta dos sindicatos foi decisiva para que os trabalhadores alcançassem vitórias e melhorias.

Ganhos

"Houve ganhos reais de salário nas 12 cidades-sedes. Acima da média dos ganhos de todas as categorias e superiores à média do próprio setor da construção", afirma o coordenador de relações sindicais do Dieese, Silvestre Prado.

Os ganhos reais nos salários, acima da inflação, variaram entre 0,78% a 7,35%. Em 2012, a média foi 4,10%, a melhor do período analisado.

Também houve outros ganhos, como adicionais de hora extra e adicional noturno, com percentuais acima dos previstos em lei, e ganhos na organização por local de trabalho, com a formação de comissões para negociar com as empresas.

Greves

O estudo detecta pelo menos uma greve em todas as obras dos estádios. Entre 2011 e 2014, ocorreram 26 paralisações, a maioria nos dois primeiros anos. Foram 1.197 horas paradas. Convertidas em jornadas de oito horas, indicam que quase 150 dias deixaram de ser trabalhados.

Acidentes

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho, em diversas entrevistas à Agencia Sindical, as mobilizações nas obras ocorreram também contra os acidentes de trabalho, abuso de terceirizações, excesso de horas extras e jornadas extenuantes.

Fonte: Agência Sindical

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