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10 de Outubro de 2013 às 09:19

10/10/2013 - Frente Popular reúne com prefeito de Campo Grande (MS) e afirma repúdio a impeachment


 

Para organização que conta com a CUT-MS em seus quadros, vereadores da oposição tentam construir golpe à democracia

Escrito por: CUT-MS - Sérgio Souza Júnior, com informações de Karina Vilas Boas

A Frente Popular em Defesa da Democracia, que conta com a CUT-MS, MST, Fetems e Fórum da Juventude entre seus quadros, se reuniu na tarde de terça-feira (8) com o Prefeito de Campo Grande-MS, Alcides Bernal (PP), após protestos realizados pela manhã, na Câmara de Vereadores.

Na ocasião, o Prefeito da cidade parabenizou a Frente Popular pela manifestação, pelo exercício da cidadania demonstrado naquele ato e afirmou que valoriza movimentos como este que contribuem para a democracia, em uma situação de crise, estabelecida entre um setor da Câmara de Vereadores e a Prefeitura.

Bernal teceu críticas à postura de vereadores que buscam as assinaturas para a instalação de uma Comissão Processante que visa seu impeachment e afirmou que "este setor que foi derrotado nas eleições vem agindo assim, desde antes da minha posse no sentido de inviabilizar a administração." O Prefeito defendeu que a Câmara deve votar o quanto antes este pedido, "esta situação não contribui em nada para a cidade e ela precisa ser resolvida logo. Acreditamos que vamos obter os votos necessários para continuar nosso trabalho" avaliou. Após a fala de abertura da reunião, Bernal escutou representantes sindicais e dos movimentos sociais presentes.

Presidente da CUT-MS, Genilson Duarte, afirmou que "houveram muitos erros cometidos dos dois lados, mas nós somos a favor da democracia, não podemos admitir que alguns vereadores tentem construir um golpe na democracia, onde um Prefeito teve mais de 270 mil votos e precisa de tempo e condições para poder governar com tranquilidade". Duarte também ressaltou que "as manifestações são a favor da democracia e que foi o povo quem colocou o Prefeito lá e só o povo tem o direito de tirá-lo do cargo".

Presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar , afirmou que "a crise estabelecida entre o poder Executivo municipal e o Legislativo só prejudica a classe trabalhadora, que mais precisa dos serviços públicos. A Frente Popular foi criada em abril com o objetivo de defender a democracia e os votos de cada cidadão depositados nas urnas. Por este motivo, a FETEMS não poderia estar de fora desta luta". 

Representando o Fórum da Juventude, Walkes Vargas, ressaltou a importância das Jornadas de Junho, "o ato da Frente Popular e esta reunião são reflexos das manifestações que ocorreram em Junho neste país. De lá para cá, muitos jovens continuam indo às ruas, junto com os movimentos sociais, exigindo mais direitos e exigindo mais participação na política, não poderíamos de maneira alguma nos calar a qualquer tentativa de golpe que queiram estabelecer nesta cidade, a vontade popular das urnas precisa ser respeitada". 

Entenda o caso

Durante os protestos, mais de 12 entidades que compõem a Frente Popular, saíram em defesa da Democracia e contra o Golpismo que ameaçava se instalar naquela casa de leis.  Mais de 700 (setecentas) pessoas acompanharam a sessão da Câmara de Vereadores que votariam um pedido de Comissão Processante contra o Prefeito da cidade.

Os vereadores sentiram a força do povo no Plenário, usando do regimento, o Presidente da Câmara resolveu então encerrar a sessão, alegando não haver condições para desenvolver aquela votação. Na mesma hora, os manifestantes jogaram moedas no Plenário e gritavam palavras de ordem “vota, vota, vota” ou “democracia sim, golpe não”.

Após o encerramento da sessão, pelo Presidente da Casa, vereador Mário César (PMDB), a Frente Popular exigiu o recebimento de uma comissão pela presidência da Câmara.

Foi então realizada esta primeira reunião com o Vereador Mário César que fechou um acordo com os movimentos sociais em adiar o envio do pedido de Comissão Processante, que visa impedir o atual prefeito da cidade, para o dia 15.

Também foi acordado, que os Movimentos Sociais que compõem a Frente Popular em Defesa da Democracia estabeleceriam um diálogo, junto ao Prefeito, no sentido de buscar um pacto pela governabilidade e contribuir para o distensionamento com a Câmara Municipal.

Encaminhamentos

Em reunião com o prefeito Bernal ficou determinado que a comissão da Frente Popular em Defesa da Democracia intermediará o restabelecimento do diálogo entre a Prefeitura e a Câmara no intuito de resolver de vez o caos e fazer com que os poderes constituídos possam exercer o seu real papel de administrar e legislar em prol do povo e do desenvolvimento de Campo Grande.

Nesta quarta-feira (9), a comissão da Frente se reuniu novamente para tirar os encaminhamentos que serão executados até a próxima terça-feira (15), conforme o prazo estabelecido com a presidência da Câmara Municipal.

A Frente Popular em Defesa da Democracia é composta pelas seguintes entidades, sindicatos e movimentos sociais: CUT, CTB, MNLM, ACP, FETEMS, UCE, SINTSSMS, MST, CDDH Marçal de Souza, Fórum Municipal da Juventude, FAMEMS, SEESVIG, Setorial dos Povos Indígenas.


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