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10 de Março de 2014 às 09:38

10/03/2014 - No Mato Grosso, sindicalista é demitido após criar sindicato dos trabalhadores do SAMU


Para a CUT-MT, demissão é uma prática antissindical e fere a legislação trabalhista

Escrito por: CUT-MT 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Condutores Socorristas e Condutores de Ambulâncias e Outros Veículos de Urgências e Emergência do Estado de Mato Grosso (Sindscove/MT), Carlos Gabriel Almeida Rosa, relatou aos diretores da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT) sobre as perseguições políticas que sofre por atuar em defesa dos direitos dos trabalhadores.

O sindicalista foi recebido na sexta-feira (28) pelo secretário de comunicação, Robinson Ciréia e pelo secretário de administração e financeira, Jocelino Amorin.  De acordo com o presidente do Sindscove/MT, o sindicato  recém criado e filiado a CUT-MT tem participado ativamente das atividades contra as Organizações Sociais da Saúde que foram organizadas pelo Comitê em defesa da Saúde Pública e denunciado as más condições de trabalho do SAMU em Mato Grosso. 

Carlos Almeida foi demitido do serviço público em dezembro de 2013. Ele foi exonerado durante o período de férias. De acordo com seu relato, já vinha sofrendo represália da coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), após iniciar as articulações para a criação do sindicato. O SAMU é um programa do Governo Federal, coordenado pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso (SES/MT).

 "O sindicato já existe. E tem se posicionado contra a privatização do SAMU. Conseguimos barrar o processo privatista com uma grande mobilização SAMU 100% PÚBLICO e temos lutado pela realização do concurso público. Os trabalhadores que atuam no SAMU, possuem dependências salariais. A SES/MT não tem pago insalubridade, horas extras e desrespeitados vários outros direitos que estão sendo cobrados pelo sindicato", argumentou o presidente do Sindscove/MT.  Atualmente, Carlos Almeida está trabalhando como motorista de ônibus para garantir o sustento da família.

Para a CUT-MT a demissão do sindicalista é uma prática antissindical e fere a legislação trabalhista. "É absurdo essa demissão, justamente por que ele protestou contra as politicas do governo. Isso na verdade é um ataque a organização dos trabalhadores, já que ele é uma das principais lideranças que está articulando a organização da  categoria para lutar em defesa dos seus direitos ", ressaltou Robinson Ciréia.

A CUT-MT repudia essa atitude da SES/MT e orienta o sindicalista mover ação indenizatória e reparadora dos direitos sindicais e trabalhistas. A CUT-MT defende sua readmissão,  a manutenção da liberdade e autonomia sindical.


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