Postagem no site da Apcef/SP (www.apcefsp.org.br) informa que a Caixa Econômica Federal vem inaugurando agências com apenas cinco empregados. Situação como essa, segundo a entidade, faz com que a sobrecarga de trabalho seja a reclamação recorrente. É lembrado ainda que os bancários da empresa insistem em dizer que a greve não é apenas por melhores salários, mas também por melhores condições de trabalho.
A Apcef/SP faz um relato sobre o complexo na Rua Pedroso de Morais em São Paulo, que aloca cerca de 70 trabalhadores e também comporta uma agência. No local, por exemplo, “foi realizado um protesto em que estenderam um varal de fotos em frente ao prédio que mostram as péssimas condições físicas das instalações e também foi reivindicado, além de um local digno, o fim da sobrecarga de trabalho, resultado do plano do banco público de expandir sua capilaridade”.
Na postagem da Apcef/SP, há a informação de que, atualmente, a Caixa possui cerca de 2,9 mil agências em todo o país e pretende dobrar esse número até 2015. O problema, segundo a entidade, é que o número de contratações não acompanha o crescimento do número de agências. É dito que muitas das novas agências têm de 5 a 9 funcionários, gerando alta sobrecarga e dificuldades até para o trabalhador ir ao banheiro e almoçar.
Há até casos, segundo relatos de empregados, de agências com falta de pessoal e somente um caixa atendendo.
Outro problema apontado pela Apcef/SP ᄅ o limite para horas-extras, que acaba gerando um trabalho clandestino, por orientação dos próprios gestores do banco. Quando um trabalhador excede o limite de horas-extras permitido, ele é pressionado a bater suas metas.
Eis o relato de um empregado, conforme divulgação pela Apcef/SP: “Alguns têm que vir no dia de folga, não bater o ponto, e trabalhar normalmente para alcançar as metas. A Caixa fala que isso é ilegal, mas não coíbe a prática. Há o caso de um funcionário da agência que foi transferido para um local mais afastado, após se recusar a fazer essas horas-extras ilegais”.