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7 de Março de 2014 às 15:19

07/03/2014 - Ministro do Trabalho recebe dirigentes sindicais dos vigilantes para audiência


Entre as pautas, CNTV discutiu contratação de vigilantes durante a Copa do Mundo no Brasil

Escrito por: CNTV-PS

 

A CNTV, o Sindesv e o Sindvig se reuniram na manhã desta quinta-feira (6) com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, para debater e sugerir medidas que regulamentem a contratação de vigilantes durante a Copa do Mundo FIFA no Brasil. A previsão é que durante os jogos sejam oferecidos mais de 50 mil postos de trabalho para a categoria.

 

A audiência solicitada pelo diretor e deputado distrital Chico Vigilante foi realizada com o propósito de garantir aos trabalhadores direitos no período da Copa do Mundo, quando a categoria deverá ser utilizada pela FIFA para ações preventivas, como a proteção do patrimônio dentro e fora dos estádios que sediarão as partidas, em 11 estados e no Distrito Federal.

 

“Escolhemos nos reunir com o ministro Manoel Dias para que os direitos dos vigilantes, neste período tão importante, sejam respeitados e que a categoria possa ter condições de trabalho dignas, com regras claras sobre a contratação, durante o período da Copa do Mundo”, declarou Chico Vigilante.

 

O ministro garantiu que na próxima semana se reunirá com representantes da FIFA para tratar das contratações de vigilantes e como se dará a mesma. Manoel Dias disse, ainda, que o mesmo será feito com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade que regula o esporte no País.

 

Segundo o ministro, será formado um grupo de trabalho, em conjunto com outras pastas do governo federal, apenas com o fim de debater a contratação de vigilantes e propor as regras pedidas pela categoria, que contou com a presença de representantes dos sindicatos dos vigilantes dos estados de Pernambuco, Alagoas, Maranhão, Goiás, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, entre outros.

 

Picaretagem tira direito dos vigilantes

Chico Vigilante aproveitou a oportunidade e levantou outra questão: a falência de empresas do setor. A demanda dos vigilantes é antiga.

 

Empresas de grande porte que prestam serviço para órgãos públicos com contratos milionários, ao se aproximarem do fim dos contratos abrem falência. Com a medida, argumentam que não têm condições de quitar com os funcionários suas obrigações trabalhistas, deixando as famílias desamparadas, além de trabalhadores desempregados.

 

O problema é que, após um período, elas reabrem com outro nome e outro CNPJ, fugindo da fiscalização. Participam de uma nova licitação e voltam a prestar serviços para grandes empresas e órgãos públicos.

 

“São empresas picaretas que deixam na mão centenas, até milhares, de trabalhadores de uma só vez, com a justificativa de que estão falindo, mas pouco tempo depois abrem outra empresa, voltam a lucrar e deixam pais e mães de família sem nenhum direito”, repudiou Chico.

 

Os membros de sindicatos, presentes à reunião, se comprometeram de enviar ao ministro Manoel Dias um levantamento das empresas que costumam realizar a prática, para que a pasta tome as devidas medidas e puna os maus empresários.


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