Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
O assédio moral está entre as principais reclamações dos bancários
(São Paulo) - Na negociação realizada nesta quinta-feira, dia (6), sobre o instrumento de combate ao assédio moral, previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, os dados estatísticos setoriais sobre as denúncias, para que possa ser feita avaliação do andamento do programa. O Comando a partir de agora, com a assessoria do Dieese e consultorias, vai analisar os dados apresentados e uma nova negociação será realizada.
"O adoecimento dos bancários é um tema prioritário para a Contraf-CUT e o assédio moral está entre as principais reclamações dos bancários. Temos grande expectativa que o Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador possa fazer o tema progredir na mesa temática, com participação cada vez maior dos sindicatos na discussão e nas denúncias de assédio moral nos locais de trabalho", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Os bancários apresentaram uma série de críticas e sugestões ao funcionamento do programa, como sobre a necessidade de maior rigor no cumprimento do prazo de 45 dias para a apuração das denúncias, ao fato dos bancos estarem apresentando respostas padronizadas aos sindicatos e a preocupação de como fica a situação dos denunciantes e denunciados dentro do banco, pós-denúncia.
Outras questões levantadas foram a da necessidade de preservação do sigilo das pessoas que transitam pelo programa e também a de uma divulgação mais ampla desse direito dentro dos bancos: "Nosso objetivo é aprofundar essa discussão, dar mais credibilidade ao programa e com isso melhorar as condições dos ambientes de trabalho", afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.
Oficina sobre o Combate ao Assédio Moral
O Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador, reunido na manhã desta quinta-feira, na sede da Contraf-CUT, discutiu e avaliou como tem sido atᄅ agora o cumprimento do Acordo Aditivo de Combate ao Assédio Moral, que completou três anos.
Na reunião, o Coletivo reafirmou que o Acordo representa um grande avanço, é uma importante conquista para os bancários e que é preciso aprofundar este debate.
"Precisamos fortalecer o instrumento de maneira coletiva. O combate ao assédio moral precisa ser melhor compreendido e apropriado pelos trabalhadores", salienta Walcir.
O Coletivo reiterou proposta apresentada no Seminário do Comando Nacional dos Bancários, realizado no mês passado, de promover uma oficina sobre o tema, com a participação de todos os sindicatos signatários do Acordo Aditivo. A data indicativa para a realização da oficina é meados de abril.
Fonte: Contraf-CUT