O presidente da FETEMS-CUT (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), professor Roberto Magno Botareli Cesar, foi ameaçado de morte na tarde desta quarta-feira (4).

Por volta das 16h, uma pessoa que se identificou como "Maurício Pistoleiro" ligou no telefone fixo da FETEMS-CUT, disse várias palavras de baixo calão e, em seguida, ameaçou o dirigente sindical de morte, segundo denúncia da Federação e dos 72 Simted's (Sindicatos Municipais de Trabalhadores em Educação) filiados à entidade.

Coincidentemente, a ameaça foi feita logo após a Justiça Federal atender reivindicação dos movimentos sociais que entraram com ação para suspender o chamado "Leilão da Resistência" - leilão organizado por fazendeiros com o objetivo de arrecadar recursos para a contratação de seguranças armados, nas áreas de conflito de terras com os indígenas sul-mato-grossenses.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, que já está pedindo providências para as autoridades da área de segurança, em Brasília, afirmou que a CUT não se intimida com as ameaças e vai tomar todas as medidas para proteger seus dirigentes. "Exigimos uma investigação profunda e criteriosa e a punição de quem está fazendo e dos mandantes dessas ameaças contra o presidente da FETEMS".

A Federação também tomou providências junto às autoridades da área de segurança locais e, evidentemente, vai dar o respaldo necessário para que não só o presidente continue à frente da luta, mas também todos os dirigentes e companheiros e companheiras dos movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul, que estão unidos nessa e em outras causas da classe trabalhadora.

A FETEMS é a maior entidade sindical de Mato Grosso do Sul e o professor Roberto representa mais de 25 mil trabalhadores/as. Essa ameaça, portanto, coloca em risco a vida dele e a todos dirigentes que lutam pela valorização dos profissionais da educação, por uma educação de qualidade e por uma sociedade mais justa, humana e igualitária.

Fonte: CUT Nacional