A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, reunida nesta quinta-feira (5), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, fez um amplo diagnóstico sobre o que vem acontecendo no banco inglês, tanto com relação a questões imediatas, como o pagamento da PLR e PPR, formalização de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para itens específicos, quanto às mudanças estruturais que a instituição vem implementando nos últimos meses.
Após profundo debate, os funcionários definiram uma agenda de organizaᄃão e luta para os próximos meses, com os seguintes pontos:
- lançar já uma campanha nacional para garantir o pagamento integral da segunda parcela da PLR em fevereiro de 2014, para que o banco não penalize novamente os bancários, aplicando redutores, como fez no crédito da primeira parcela;
- apresentar na próxima rodada de negociação com o banco a avaliação da dos itens da minuta que foi enviada à Contraf-CUT para a formalização do ACT, com os direitos já conquistados e aplicados atualmente aos bancários do HSBC;
- tratar da implementação da Comissão Paritária de Saúde, em razão do aumento do número de casos de adoecimento e dos vários problemas relacionados às rotinas na emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), no afastamento e no retorno ao trabalho, entre outros.
"Queremos que essa negociação aconteça ainda em dezembro. Vamos levar nossa contraproposta ao que foi apresentado pelo banco para constar do ACT, buscando assegurar e garantir os direitos já praticados, frutos de anos de luta, em qualquer cenᄀrio futuro", destaca Carlos Alberto Kanak, coordenador da COE do HSBC.
Seminário
Diante de uma série de iniciativas em curso, que apontam para uma redefinição da atuação do HSBC no Brasil, como por exemplo, o encerramento das carteiras PJ das agências, centralizando-as em plataformas regionais ou atendimento via 0800, a abertura de agências puramente de negócios, sem movimentação financeira, sem baterias de caixa, como já é o caso da agência Centro de Campinas, localizada na cidade com o segundo maior PIB do Estado de São Paulo, os funcionários decidiram realizar um seminário para aprofundar uma análise sobre a atuação do HSBC nos últimos 15 anos no Brasil e as suas perspectivas futuras.
A data apontada para a realização foi a primeira semana de março de 2014, após a divulgação do balanço de 2013. A direção do HSBC será convidada a falar sobre esse cenário e as perspectivas do banco.
"Nossa preocupação principal neste momento é com a manutenção do nível de emprego, porque todas as experiências que vimos de reestruturação e revisão de estruturas internas, de uma forma ou de outra, sempre impactaram, não só no nível, mas na qualidade dos postos de trabalho", salienta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo financeiro da Contraf-CUT.
PPR 2014
Nesta sexta-feira (6), a partir das 12h, o banco vai fazer uma apresentação para os integrantes da COE do HSBC, na sede da Contraf-CUT, do que será o novo programa de remuneração variável para a área de vendas do banco.
Segundo as primeiras informações, haverá uma radical alteração do programa, que a princípio envolverá uma "mudança cultural". O critério de apuração de metas por produto passará a ser considerado como meta por "famílias de produtos", tendo como referência a real necessidade do cliente.
"A busca de uma relação ética com os clientes, que denominamos venda responsável de produtos, é o que cobramos de todos os bancos. Precisamos ter acesso detalhado aos demais itens do programa para a avaliação e, para isso, essa apresentação será de grande valia", enfatiza Valdecy Pereira Rios (Vavá), representante da Fetec Centro-Norte e dirigente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande.
Fonte: Contraf-CUT