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5 de Fevereiro de 2014 às 13:48

05/02/2014 - Bancários do Itaú sofrem com falta de ar-condicionado e insegurança


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloSeeb São Paulo Bancários de São Paulo fecharam 3 agências por causa do calorão 

(São Paulo) - Com altas temperaturas de até 40 graus em muitas cidades brasileiras, a Contraf-CUT vem recebendo denúncias de sindicatos sobre problemas nos equipamentos de ar-condicionado do Itaú, tornando o ambiente de trabalho insuportável. Em São Paulo, os trabalhadores fecharam três agências do banco na manhã desta quarta-feira (5), uma na rua São Bento, região central da cidade, e outras duas na zona leste.

"Na zona oeste também há 11 agências com problemas no ar-condicionado. Em Osasco, na região metropolitana, os trabalhadores informaram que os equipamentos estão sucateados em dois locais de trabalho. Mas o problema é geral e estamos recebendo reclamações do Brasil inteiro", ressalta Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Nas mobilizações desta quarta-feira, os bancários também demonstraram preocupação com o novo modelo de agência que o Itaú vem implementando. O banco decidiu transformar algumas em uma espécie de "loja de produtos", onde há movimentação de numerário, na medida que existem caixas eletrônicos. O Itaú resolveu retirar a porta de segurança e eliminar a presença de vigilantes nessas unidades. Na semana passada em Londrina (PR), uma dessas agências foi alvo de assaltantes. Além de aterrorizarem os bancários, os ladrões também roubaram pertences pessoais dos trabalhadores.

Enquanto isso, o Itaú anunciou nesta terça-feira ( 4) lucro líquido recorrente de R$ 15,836 bilhões em 2013, o que representa crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. A lucratividade (lucro líquido sobre patrimônio líquido) foi de 20,7%, o dobro da média do sistema financeiro mundial. 

"Com esse lucro todo, o Itaú deveria dar condições dignas de trabalho e de segurança para os trabalhadores. Mas o que se percebe é que o banco descuida da saúde do trabalhador e reduz custos para aumentar ainda mais o lucro, o que é injustificável", finaliza Jair Alves.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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