Presidente da CUT enfatiza “importância que o mundo dá à nossa central e ao Brasil, com o avanço de um projeto de inclusão social”
Escrito por: CUT - Leonardo Severo
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, avalia que a “escolha de João Felício para presidir a Confederação Sindical Internacional (CSI) é um reconhecimento do protagonismo cutista e da unidade do movimento sindical brasileiro, da ação que temos desempenhado para o avanço de um projeto de inclusão social em nosso país”. “Sem as conquistas que melhoraram a vida do povo brasileiro, sem os avanços na economia, na política e na cultura, tamanho respaldo do sindicalismo mundial não teria sido possível”, frisou.
A aprovação do nome de João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT, ocorreu na quarta-feira (2), em Bruxelas, com a presença de lideranças das principais centrais dos cinco continentes. A decisão será referendada na reunião do Conselho Geral da CSI que ocorre após o Congresso da entidade, entre os dias 18 e 23 de maio, em Berlim.
Vagner agradeceu o apoio dopresidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah; do secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna) e de Carlos Alberto de Azevedo, presidente da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), centrais que, junto com a CUT, compõem a CSI e que estiveram unidas com os cutistas em Bruxelas. “Temos orgulho das relações sérias, cordiais e respeitosas construídas com o sindicalismo brasileiro. Acredito que, com esta unidade, vamos levar às ruas de São Paulo, no ato do dia 9 de abril, 50 mil trabalhadores e trabalhadoras para pressionar o governo, o Congresso Nacional e os empresários pela pauta sindical”, destacou Vagner.
De acordo com João Felício, a eleição da CUT para presidir a CSI é “uma demonstração da importância do sindicalismo brasileiro, da unidade em torno de uma candidatura”. “A definição reforça nossa responsabilidade de avançar na consolidação de conquistas para a classe trabalhadora. O reconhecimento mundial ao sindicalismo praticado pela CUT coroa uma visão de que devemos reforçar a luta com uma ação pela base, de enfrentamento à globalização neoliberal”, enfatizou.
O fato de que pela primeira vez um latino-americano irá presidir a entidade, acrescentou João Felício, dialoga com a resistência da classe no continente, que tem sabido exercer seu protagonismo “com luta e mobilização contra o desemprego e a retirada de direitos, mas também indo além dos temas relacionados ao mundo do trabalho”. “Nosso projeto desde já é vitorioso. Creio que teremos uma CSI mais de luta, mais organizada, mais pela base, representando todos os continentes, fortalecendo a unidade Norte e Sul. Nosso objetivo é contribuir com a experiência que temos relacionando a pauta trabalhista com mudanças sociais no papel do Estado para a democratização das relações do trabalho e do desenvolvimento dos nossos países e povos”, declarou.
A experiência de João Felício, que já foi presidente e secretário geral da CUT e presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino de São Paulo) - a maior entidade sindical da América Latina – somou na indicação. A principal entidade de representação da classe trabalhadora em todo o mundo congrega 175 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, associados a 311 entidades filiadas em 155 países e territórios.
Entre outras lideranças, estiveram presentes em Bruxelas lideranças da CUT do Chile; CUT da Colômbia; DGB da Alemanha; AFL-CIO dos Estados Unidos; CLC do Canadá; CGT, CFDT e FO da França; CCOO, UGT e USO da Espanha; CGIL, CISL e SO da Itália; CSC Bélgica; todas as centrais escandinavas (Dinamarca, Suécia e Noruega); TUC da Inglaterra; FNPR da Rússia; Kosatu da África do Sul; UNTA de Angola; JTUC do Japão; representantes da Confederação Sindical das Américas e da Confederação Sindical África.