O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de centro-esquerda, e a plataforma esquerdista Sumar fecharam acordo nesta terça-feira 24 para formar o próximo governo de coalizão da Espanha, que inclui uma série de concessões aos trabalhadores, entre elas a redução da jornada de trabalho de 40 horas para 37,5 horas semanais sem redução salarial.
O acerto foi concluído em reunião entre o atual presidente de governo Pedro Sanchez, líder do PSOE, e a vice-presidenta Yolanda Díaz, que também é ministra do Trabalho e comanda o Sumar, uma coligação que integra partidos de esquerda nacionais (como Podemos, Esquerda Unida e Aliança Verde) e agrupamentos regionais de várias províncias.
O pacto de governo de 280 cláusulas prevê também aumento do salário mínimo, um plano de criação de empregos para os jovens, o fortalecimento do Serviço Nacional de Saúde e aumento da licença-maternidade e paternidade.
Monarquia parlamentarista, a Espanha já é governada pela coalizão PSOE/Sumar. Nas eleições antecipadas de 23 de julho passado o Partido Popular, de direita, foi o mais votado e ganhou o direito de formar governo, mas não conseguiu alcançar o número mínimo de 176 votos para obter maioria no Parlamento.
O rei Felipe 6º então encarregou Pedro Sanchez, líder do segundo partido mais votado, de formar o novo governo. Além da plataforma Sumar, ele está próximo de fechar acordo com os partidos nacionalistas Juntos pela Catalunha e Partido Nacional Basco. Ele tem prazo até 27 de novembro para concluir o novo governo de coalizão.
Fonte: Fetec-CUT/CN