O Banco do Estado de Sergipe (Banese) obteve lucro líquido de R$ 50,8 milhões no 1º semestre de 2021, alta de 100% com relação ao mesmo período de 2020 e de 12,6% no trimestre (o lucro no 2º trimestre foi de R$ 26,9 bilhões). De acordo com o relatório do banco, a evolução do resultado reflete a expansão da carteira de crédito em função da alta nas captações, nas recuperações de crédito e redução das provisões para devedores duvidosos, além da contenção das despesas administrativas. A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido – ROE) do banco foi de 20,8%, alta de 5 pontos percentuais (p.p.) em doze meses.
O banco encerrou o 1º semestre de 2021 com 864 empregados, 112 (11,5%) a menos que em junho de 2020. O número de agências permaneceu o mesmo (63) – sendo 56 unidades físicas. Os postos de serviços permaneceram em 9 unidades, mas foram fechados 31 pontos de ATM e abertos 9 estabelecimentos de correspondentes no país. O número de clientes apresentou alta de 5,9%, totalizando 885.955 clientes ativos.
No semestre, as transações por canais virtuais do banco (online) cresceram 37,5% em doze meses, chegando a 59,7 milhões de transações, mas, em valores transacionados o volume cresceu 224,6%, somando R$ 19,3 bilhões no período. Já as transações pelos canais tradicionais do banco caíram 3,3%, totalizando 17,6 milhões de transações, contudo o volume transacionado por esses canais cresceram 14,4%, totalizando R$ 20,2 bilhões.
O total de ativos do banco cresceu 17,7% em doze meses, atingindo R$ 7,3 bilhões. O patrimônio líquido (capital próprio do banco) cresceu 8,9% no período, chegando a R$ 535,1 milhões ao final do primeiro semestre de 2021.
A carteira de crédito atingiu R$ 3,07 bilhões, com crescimento de 11,8% em doze meses e 4,8% no trimestre. Desse total, a carteira comercial representou 70,3%, alta de 11,9% em doze meses, atingindo R$ 2,2 bilhões. A maior parte diz respeito ao crédito para pessoas físicas, somando cerca de R$ 1,7 bilhão e tendo crescido 5,9% no período. O segmento pessoa jurídica somou R$ 505,4 milhões, crescimento de 37,6%. A carteira de desenvolvimento, por sua vez, cresceu 6,8%, totalizando R$ 666,8 milhões.
A taxa de inadimplência foi de 0,88%, com queda de 0,32 p.p., porém, bem inferior a inadimplência média do sistema financeiro, que, em julho de 2021, ficou em 2,3%, de acordo com dados do Banco Central. As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) caíram 47,4%, totalizando R$ 21,1 milhões.
As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias caíram 6,9%, totalizando R$ 62,0 milhões. Já as despesas de pessoal foram reduzidas em 7,7%, atingindo R$ 84 milhões. Assim, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas com a prestação de serviços do banco foi de 73,81% em junho de 2021, com crescimento de 0,62 p.p. em doze meses.
Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Banese elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).