A verba liberada pelo governo aos bancos, no valor de R$ 1,2 trilhão, para ajudar no combate à crise sanitária, ajuda a engordar os cofres das empresas, enquanto milhões de brasileiros são ignorados por Bolsonaro fazem o que podem para sobreviver durante a pandemia do novo coronavírus.
As cinco maiores organizações financeiras do país - Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander - estão sob poder de recursos que correspondem a tudo o que a economia brasileira arrecada em um ano. Isso em apenas três meses. Os ativos totais somaram R$ 7,36 trilhões no primeiro trimestre do ano e ultrapassam o PIB (Produto Interno Bruto) do país, de R$ 7,3 trilhões.
Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os números são fruto da política desacertada do governo e das medidas adotadas pelo Banco Central, que garantem proteção apenas ao sistema financeiro e deixam milhões de pessoas desassistidas, inclusive na saúde.
Importante lembrar que o presidente Jair Bolsonaro vetou, nesta quarta-feira (03/06), ajuda no valor de R$ 8 bilhões aos estados e municípios que deveriam ser utilizados em medidas de combate ao coronavírus. Justamente no dia em que o país chegava a 32.602 mortes por Covid-19 e 587.017 contaminados.
Crédito restrito
Os recursos liberados aos bancos deveriam ser utilizados para a facilitar a liberação de crédito à população. Mas, o que se observa é justamente o contrário. As empresas elevaram os juros e endureceram as regras para empréstimos, prejudicando milhares de micro e pequenos empresários.