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23 de Setembro de 2016 às 07:34

Trabalhadores dão recado ao governo e caminham para a greve geral


Brasília - A quinta-feira (22), Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, foi marcada por atos, mobilizações e assembleias em todo o Brasil contra os inúmeros ataques à classe trabalhadora. As atividades, convocadas pela CUT e as Frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo, envolveram várias categorias e tiveram como eixos Fora Temer e Nenhum Direito a Menos.

No Distrito Federal, os trabalhadores repudiaram também a política adotada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que aumenta impostos, tenta privatizar os espaços e os serviços do Estado, demite trabalhadores terceirizados em massa e dá calote nos servidores públicos.

Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araujo, é preciso que as categorias estejam unidas e ampliem a mobilização contra o golpe e contra o desmonte do Estado, rumo à greve geral. “É importante que os trabalhadores estejam conscientes da gravidade desse momento e não fiquem alienados. É preciso que sigam seus sindicatos e venham para a luta.”

À tarde, diretores do Sindicato que são bancários do BRB se juntaram a servidores públicos que ocuparam o plenário da Câmara Legislativa do DF, onde uma Comissão Geral discutia os calotes que o GDF vem dando nos trabalhadores e a possibilidade de o funcionalismo ficar sem o recebimento da terceira parcela do reajuste salarial, que deveria ter sido pago no ano passado.

“Participamos do ato em solidariedade aos servidores do GDF, que são clientes do BRB e que merecem ter seus direitos respeitados para prestarem um bom atendimento ao público”, esclareceu o secretário geral do Sindicato, Cristiano Severo. “E viemos à CLDF para reforçar e trazer ao conhecimento legislativo a mobilização da greve dos bancários, em especial do BRB. E dizer que pagar o reajuste reivindicado pelos funcionários não é um favor, mas uma obrigação do banco”.

O também diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa endossou a importância de levar solidariedade aos servidores públicos, que também lutam por um reajuste salarial digno. “Tudo na nossa vida é reajustado acima da inflação -- a escola do filho, o alimento que comemos. Por isso, reafirmamos que o reajuste abaixo da inflação é perda salarial ao longo da carreira. E, portanto, não vamos admitir retrocesso e nenhum direito a menos. A luta continua e podem ter certeza que não vamos esmorecer”, assegurou.

No início da noite, os trabalhadores realizaram ato no Museu da República, com caminhada até o Congresso Nacional.

Da Redação com CUT Brasília


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