A principal ponte que dá acesso a Garrafão do Norte estava diferente na manhã desta quarta-feira (30). É que pelo caminho de uma fuga, bandidos deixaram rastros de destruição que começaram nas primeiras horas do dia com duas explosões nas duas únicas agências bancárias da cidade, uma da Caixa e outra do Banpará.
“É que foi um pânico pra mim que sou vizinha de uma das agências. Foi um susto muito grande às duas horas da manhã, tiros e bombas, soltaram duas bombas e quebrou uma janela da minha casa, arriou duas folhas de forro e foi aterrorizante”, comenta uma moradora que preferiu não se identificar.
Para dificultar a ação da polícia, os criminosos incendiaram dois veículos que foram roubados e abandonados na PA 253, rodovia que liga Garrafão a Nova Esperança do Piriá, no nordeste paraense. Na fuga, uma mulher foi levada como refém dentro de uma ambulância roubada pelo bando, minutos depois ela foi liberada sem ferimentos e o veículo abandonado.
Assim que souberam do crime conhecido como novo cangaço – quando assaltantes encapuzados chegam aterrorizando uma cidade com tiros e bombas, a vice-presidenta do Sindicato, Vera Paoloni, que também é bancária do Banpará, junto com o diretor administrativo do Sindicato, Gilmar Santos, saíram de Belém com destino ao município alvo do bando.
“Estamos aqui na frente do que foi a agência do Banpará de Garrafão do Norte explodida nessa madrugada pelos assaltantes. É lamentável a gente ver a volta da insegurança bancária, do vapor, do novo cangaço, uma agência com cinco anos sabe, nova, em funcionamento , atendendo o município, ser explodida dessa maneira. Então agora o Sindicato tem uma política de visita às unidades que são, que têm passado por esse problema pra ver o que vai acontecer. Já sabemos que no caso do Banpará os colegas vão ser remanejados pra outras agências, não teve ninguém ferido, o vigilante conseguiu escapar”, conta Vera Paoloni.
Para a dirigente sindical, a chegada das festas de final de ano e pagamento do décimo terceiro são momentos de grande movimentação e circulação de dinheiro nas cidades, o que requer planejamento estratégico de combate a esse tipo de crime contra o sistema financeiro.
“É preciso que a segurança bancária do Estado fique em alerta, pois é possível, já que voltou a modalidade vapor, o novo cangaço, é possível que outros municípios sejam afetados. Então alerta máximo é o que o sindicato reivindica e diz que é preciso que o secretário de segurança coloque alerta máximo em todos os municípios do Estado. Não é possível continuar vendo agências inteiras indo ao chão numa atividade danosa que prejudica a população, que prejudica o município, que prejudica a categoria bancária e que deixa esse rastro de destruição no caminho”, destaca.
O Banpará foi a primeira unidade visitada e em seguida foi a Caixa Econômica, onde os dirigentes tiveram a oportunidade de conversar com alguns bancários e bancárias que aguardavam orientações do que fazer em decorrência da destruição do local de trabalho deles.
“Semelhante à agência do Banpará aqui na Caixa Econômica a situação também é precária, agência totalmente destruída. Em conversa com alguns colegas soubemos que eles foram orientados durante o dia, alguns serão remanejados pra outras unidades, e também será oferecida a possibilidade de home office. Além disso, o Sindicato acompanhará junto à SR como vai ficar em relação à reconstrução da unidade e claro, acima de tudo, prestar toda assistência que os bancários e bancárias precisarem no sentido de orientar quais as providências que eles devem tomar com relação à preservação da sua saúde. Mas quero reforçar aqui a importância de fazer um apelo e uma reivindicação à segurança pública do Estado, é preciso olhar a segurança bancária com muito mais critério, com muito mais prioridade, porque isso não afeta só os bancários e bancárias, mas afeta a vida da cidade”, pondera Gilmar Santos.
Fonte: Bancários PA com informações do G1 PA