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17 de Março de 2022 às 11:58

Solidariedade: Em tempos de pandemia sindicalismo virou sinônimo também de ajuda ao próximo


Sindicalismo vai muito além do trabalho de base, em tempos de pandemia sindicalismo virou sinônimo também de solidariedade, seja através do projeto ‘Sindicato Solidário’ ou de apoio a iniciativas que façam a comida chegar mais rápido à mesa daqueles que têm fome; como em São João do Araguaia, sudeste do Pará, quando 150 famílias, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, receberam cestas básicas nos dias 23 e 24 de fevereiro.

“Esta nova remessa que a gente recebeu teve uma parceria muito importante na articulação com o Sindicato dos Bancários que somou com a gente na hora de arrecadar, e mais uma vez ser apoiado pela Fundação Banco do Brasil. As cestas elas são advindas de produtos da agricultura familiar. Nessa nova remessa a gente tem duas mil cestas básicas pra serem entregues em oito municípios aqui do Estado (Baião, Mocajuba, Cametá, Itupiranga, Marabá, São João do Araguaia, São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia). Na região de Marabá são cinco municípios”, explica a presidenta da Associação de Defesa à Vida e ao Meio Ambiente (Adevima), Gildene de Freitas.

A parceria entre a Associação e a Fundação Banco do Brasil e a Petrobrás surgiu em meio a uma das maiores crise sanitárias que o mundo já viveu e que desencadeou outros problemas socioeconômicos, como o desemprego e a fome.

A Adevima entrou com o desejo de ajudar famílias de baixa renda no Pará e nas buscas de como realizar tal anseio, encontrou o edital da Fundação Banco do Brasil, que “há 36 anos contribui com a transformação social dos brasileiros e com o desenvolvimento sustentável do país. Nos últimos 10 anos, foram R$ 2,7 bilhões em investimento social e mais de 3,6 milhões de pessoas que tiveram suas vidas valorizadas e suas realidades transformadas”.

Da vontade à ação foram alguns meses de espera, mas até a comida chegar na mesa, outros itens essenciais à sobrevivência dessas famílias começaram a faltar, como o gás de cozinha que subiu de valor 300% e, atualmente, consome quase toda a renda dos brasileiros e brasileiras, especialmente os que vivem com um salário mínimo, de R$1.212,00.

“A gente já ouviu de algumas famílias a realidade, com o custo de gás, de estarem há mais de dois meses cozinhando na lenha. A gente teve esse relato durante a entrega numa comunidade na zona rural”, desabafa a presidenta da Associação, Gildene de Freitas.

Junto com as cestas básicas, as 2.000 famílias dos oito municípios paraenses também receberão um vale gás no valor de R$ 100,00. A quantia, mesmo sendo mais de 50% do valor do produto, não é o suficiente para comprar o gás de cozinha e quando os beneficiários não têm o complemento, a Associação entra em cena mais uma vez. “A gente está articulando pra que a gente consiga contrapartida dos municípios para que as famílias não tenham nenhum custo na hora de retirar o botijão”, conta Gildene.

Rede de solidariedade com geração de renda

A entrevista ocorreu em meio as cestas que estavam sendo montadas e exalavam uma mistura de cheiros agradáveis de abacaxi, banana e abóbora. É que diferente de todas as outras cestas básicas que já viste por aí, as da Adevima, são quase 100% de produtos da agricultura familiar, in natura, com exceção do detergente líquido e parte do açúcar.

“O açúcar foi porque não encontramos um produtor local que pudesse entregar todo o pedido a tempo, e o detergente, que faz parte dos requisitos propostos pela Fundação, de pelo menos um item que seja de material de limpeza, não achamos quem produzisse toda a demanda de forma artesanal. Do resto, todos os demais nove itens são orgânicos: feijão, farinha, arroz, tapioca, banana, abacaxi, abóbora, macaxeira e milho. Então assim, as famílias sempre recebem de muito gosto as cestas por elas terem esse diferencial de não ser só de produtos industrializados, mas ter produtos locais, que é uma forma também de contribuir com a geração de renda dessas famílias que nos repassam os produtos”, conta Gildene de Freitas.

Enquanto os alimentos e o material de limpeza eram organizados, os dirigentes do Sindicato em Marabá e região, Heidiany Moreno e Wellington Araújo, aguardavam a chegada do transporte que levaria as doações até às comunidades do município para mais uma vez, e dessa vez literalmente estenderem as mãos durante a distribuição das cestas básicas.

“Isso aqui é mais uma prova que o nosso Sindicato dos Bancários não é um sindicato engessado dentro de uma sociedade que cada vez mais precisa ser solidária. Hoje a gente está aqui com a Adevima, com o MAB, em parceria com a Associação Banco do Brasil, com a Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Petrobras. Aqui são várias cestas básicas, e, também tem o vale gás; uma articulação do Sindicato dos Bancários e que a gente tem uma alegria de estar junto e acompanhar de perto todo esse trabalho, em uma verdadeira rede de solidariedade”, comenta Wellington Araújo.

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Fonte: Bancários PA com informações fbb.org.br


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