Cuiabá MT - Nesta segunda (20.06), o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT), retardou a abertura do expediente ao público da agência do Santander, localizada no centro financeiro de Cuiabá, para pressionar que o banco atenda a pauta de reivindicações específicas dos empregados.
A atividade foi orientada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, formada por representantes sindicais de todo o país está em negociação com o Banco para a renovação das Cláusulas do novo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2017.
De acordo com a diretora do SEEB/MT e representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – FETEC-CUT/CN, Nice Souza, que participa COE, o banco espanhol está disposto a renovar o Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos seus funcionários, porém não aceita avançar em nenhuma nova cláusula social, de condições de trabalho e de saúde propostas pela representação dos trabalhadores.
Na avaliação da bancária do Santander o banco tem demonstrado total descaso às cláusulas apresentadas em maio. “As reuniões tem sido decepcionante e frustrante para todos os representantes da categoria. Os diretores do banco já estavam com a minuta há dois meses e até agora não apresentaram nenhuma proposta”, avalia Nice Souza.
Os temas mais importantes para os bancários são emprego, já que a rotatividade no banco é muito grande, e a questão das metas abusivas, que levam ao adoecimento.
Principais pontos do aditivo entregue ao Santander
Emprego – Os dirigentes ressaltaram que o Santander está demitindo, e os principais alvos são funcionários com histórico de adoecimento e com mais tempo de casa, portanto, salários mais altos. Os trabalhadores querem avançar em cláusulas baseadas na Convenção 158 da OIT [Organização Internacional do Trabalho], contra demissões imotivadas e por estabilidade no emprego.
Condições de trabalho – Para o movimento sindical, a melhoria das condições de trabalho passa por mudanças na forma como são determinadas e cobradas as metas. Os dirigentes deram diversos exemplos do que precisa ser revisto. Segundo eles, é preciso que a meta contratada para o mês, possa de fato ser cumprida até o final do mês, e não nos primeiros 10 dias, como costuma ocorrer no banco. Outro ponto é que a meta tem de ser compatível com o tamanho da agência e sua localização. Eles reivindicam ainda que, em caso de redução no número de funcionários na agência, também haja redução da meta.
Outro problema no Santander é o trabalhador ser cobrado por metas todos os 12 meses do ano. Ou seja, para sair de férias, ele tem de cumprir a meta de dois meses. Ou então, como acontece quase sempre, ele se vê obrigado a fracionar as férias.
Há ainda o fato de que a somatória das metas individuais não alcança a meta de agência. Assim, os bancários veem-se obrigados a cumprir mais do que os 100% da sua meta individual, já que para ter direito à remuneração variável, tem de cumprir também o estipulado para sua unidade. Ou seja, são vários pontos que precisam ser revistos e vamos cobrar isso do banco nas mesas de negociação.
Fonte: SEEB/MT com informações do SEEB/SP