O Sindicato constatou nos primeiros meses deste ano um forte aumento na ocorrência de casos de assédio moral e sexual nos bancos privados em atividade no Distrito Federal. A resposta a esse recrudescimento das pressões e das práticas abusivas no ambiente de trabalho ocorreu nesta quinta-feira (9), com ações da representação dos trabalhadores nos locais de trabalho.
O assédio moral é um dos maiores problemas dentro do ambiente de trabalho. Esse tipo de problema tem se agravado cada dia mais e dessa forma o Sindicato intensificou sua campanha de combate a esse tipo de prática nos bancos.
Existem diversas formas de ser praticado o assédio: moral, organizacional ou instituciona e, em alguns casos, até mesmo sexual. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) conceitua a violência e o assédio no mundo do trabalho como: “Conjunto de comportamentos e práticas inaceitáveis, ou de suas ameaças, de ocorrência única ou repetida, que visem, causem ou sejam suscetíveis de causar dano físico, psicológico, sexual ou econômico.”
“A prática interfere na vida profissional, comprometendo a identidade, a dignidade e até as relações sociais, gerando inúmeros danos à saúde mental e física. E diante de tantos casos registrados, o movimento sindical bancário foi o primeiro a incluir em convenção coletiva de trabalho um instrumento que resgata o bancário de uma posição passiva e o coloca como protagonista no processo de denúncia, apuração e resolução dos casos de assédio moral no trabalho. O acordo que estabelece mecanismos para encaminhamento e apuração de denúncias relacionadas às práticas de assédio moral nos ambientes de trabalho foi fruto da mobilização dos trabalhadores bancários, uma conquista da Campanha Nacional de 2010”, diz o diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Juliano Rodrigues Braga, funcionário do Bradesco.
A ação desta quinta-feira ressaltou a importância do canal de denúncias, que, além de ser uma garantia da CCT, é totalmente sigiloso. “Bancários e bancárias, vocês não estão sozinhos, o Sindicato é o seu maior aliado no combate às práticas de assédio”, reforçou Rafaella Gomes, diretora da Fetec Centro Norte.
“A atividade de hoje, que distribuiu cartilhas de conscientização sobre o tema, somada a um bate-papo esclarecendo diversas situações, foi fundamental para que os bancários e as bancárias sintam ainda mais segurança em identificar possíveis práticas de assédio e assim denunciá-las pelos meios adequados. O Sindicato estará sempre ao lado do trabalhador e irá usar de todos os instrumentos para coibir qualquer tipo de prática de assédio”, enfatizou a diretora do Sindicato Dagma Ferreira.
O diretor da Fetec-CUT/CN José Garcia destaca que “o instrumento coletivo conquistado pela categoria bancária tem como princípio a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe. Também objetiva a conscientização dos empregados sobre a necessidade de construção de um ambiente de trabalho saudável, a promoção de valores éticos, morais e legais, e o comprometimento dos bancos para que o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”.
Vamos combater esse tipo de prática. Procure o seu sindicato e denuncie!
Acesse https://bancariosdf.com.br/portal/central-de-atendimento/
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília