Brasília - O Sindicato se dedica ao longo do mês de março aos debates e às mobilizações que dão protagonismo às mulheres e fortalecem a luta feminina contra a discriminação, o preconceito e a violência de gênero. O engajamento da categoria bancária será deflagrado com a participação das delegadas sindicais em debate sobre violência contra a mulher, assédio sexual e racismo, dia 2 de março, às 14h, na sede do Sindicato.
Para 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato convoca as bancárias e bancários a se somarem à manifestação organizada pela CUT/DF, entidades sindicais e movimentos populares, a partir de 14h, na concentração no Museu da República, pela vida das mulheres, contra o racismo, em defesa dos direitos e da democracia.
O “8 de Março Unificado”, como está sendo chamado, contará com apresentações culturais, debates, oficinas para crianças, bazar e diversas outras atividades de incentivo ao engajamento das mulheres na luta por direitos e democracia. Às 17h, será realizada passeata até o Congresso Nacional.
“O mês de março deve ser visto como de reflexão sobre discriminações e violências morais, físicas e sexuais contra a mulheres, assim como de mobilização para a conquista de direitos e de combate às ameaças de retrocessos no que já foi alcançado pelas mulheres no Brasil e no mundo”, pontua Helenilda Cândido, secretária de Mulheres do Sindicato.
Celebração da luta feminina
O Dia Internacional da Mulher foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por diversos países mundo afora, para celebração das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos.
Registros históricos indicam que as celebrações do Dia da Mulher passaram a ocorrer a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março. A primeira celebração se deu em 28 de fevereiro de 1909, no Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países nos anos seguintes.
Em 1917, ocorreram na Rússia manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do país na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando a início da Revolução Russa. A principal manifestação ocorreu no dia 8 de março de 1917, data que acabou instituída como Dia Internacional da Mulher pelo movimento Internacional Socialista.
Combate à violência
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é uma conquista das mulheres brasileiras no combate à violência de gênero. A norma é reconhecida pela ONU como uma das melhores legislações do mundo. Mas a sua aplicação requer mobilização da sociedade para o fortalecimento da mulher no encaminhamento de denúncias.
Os principais canais e meios de se buscar ajuda em caso de agressão e encaminhar denúncias são:
- Ligue 180, serviço telefônico gratuito disponível 24 horas em todo o país;
- Clique 180, aplicativo para celular;
- Ligue 190, para emergência;
- Delegacia da Mulher;
- Delegacias de polícia (o boletim de ocorrência pode ser feito também em uma delegacia normal e depois transferido);
- Casa da Mulher Brasileira de Brasília, na 601 Norte.
- Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, para os casos em que a mulher não se sente segura em procurar a polícia;
- Serviços de Atenção Integral à Mulher em Situação de Violência Sexual, como abrigos de amparo;
- Defensoria Pública, que atende quem não possui recursos para contratar um advogado;
- Promotorias Especializadas na Defesa da Mulher.
Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília