Dirigentes do Sindicato percorreram as agências do Bradesco de Ceilândia, Taguatinga e SIA, nesta terça-feira (16), para protestar e denunciar que, enquanto o banco obtém lucros astronômicos, demite sem dó nem piedade os seus funcionários. Além disso, os trabalhadores que permanecem sofrem com assédio moral decorrente de metas abusivas e sobrecarga de trabalho, uma vez que não há reposição dos desligamentos.
Iniciadas no segundo semestre do ano passado, quando houve 2.845 desligamentos, as demissões pegaram de surpresa os funcionários, alguns deles doentes e/ou prestar a se aposentar, e pior ainda, às vésperas do Natal, momento em que se espera o espírito de solidariedade.
“Foi um presente do papai cruel. Quando chega o final de ano, os trabalhadores, especialmente os que estão em situação de pré-aposentadoria, têm expectativas otimistas para o novo ano. Porém, a agência regional de Brasília, que havia nos garantido que não haveria nenhuma demissão, de forma desumana e irresponsável, se encarrega de transformar o sonho dessas pessoas em pesadelo”, lamentou José Garcia, diretor da Fetec-CUT/CN e funcionário do Bradesco.
E acrescentou: “É inadmissível, um dos maiores bancos do país, que lucrou R$ 8,8 bilhões em 2023, praticar esses abusos com os funcionários, muitos deles adoecidos e precisando tomar medicação de tarja preta em função da pressão por cobrança de metas e excesso de trabalho, e sequer podem apresentar um atestado médico com medo das demissões”.
Diretor da Fetec/CUT-CN, Juliano Braga reforçou que o Bradesco mata sonhos de aposentadoria de quem já tem 36 anos de banco, com mais de 55 anos de idade ou com doenças ocupacionais causadas pelo excesso de trabalho. Também funcionário do Bradesco, ele pediu o apoio dos clientes e usuários, que também são prejudicados com o descaso dos bancos, enfrentando longas filas, e recebendo um atendimento que deixa muito a desejar. “Mas tudo isso é devido à ganância dos banqueiros, que só se preocupam em cobrar altas tarifas para aumentar ainda mais os lucros”, enfatizou.
Os dirigentes sindicais informaram que o Sindicato vai buscar na Justiça a reversão dessas demissões, e intensificar as ações para barrar essas atrocidades cometidas pelo Bradesco.
Da Redação