Enquanto os banqueiros tentam impor retrocesso nas mesas de negociação, a mobilização dos bancários e bancárias aumenta cada vez mais. Nesta sexta-feira (28), o Sindicato prosseguiu com as visitas às agências bancárias da Ceilândia e da W3 Norte. Após ouvir os esclarecimentos dos dirigentes sindicais sobre a recusa dos bancos em apresentar propostas que atendam as expectativas da categoria, os trabalhadores sinalizaram que não aceitarão perdas de direitos e conquistas.

O povo também parou para escutar as notícias e reivindicações dos bancários, com solidariedade e interesse, numa demonstração de que o cenário econômico e social preocupa a todos.

O diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa destacou que “hoje (28) é Dia do Bancário, data para celebrar lutas e conquistas históricas da nossa categoria, que é uma das mais organizadas do país. E é por isso que estamos mobilizados, para preservar os nossos direitos, assim como ocorreu na primeira grande mobilização em 1951. E não vamos abrir mão disso. Avante na luta”.

Além da Campanha Nacional 2020, a defesa da Caixa 100% pública foi um dos pontos altos da atividade desta sexta-feira. O diretor da Fetec-CUT/CN Francinaldo Costa denunciou que os bancos não valorizam os bancários e nem dão condições dignas de trabalho. Ele alertou que, “caso o retrocesso permaneça nas mesas de negociações, vamos entrar em greve”. E convocou a população para se juntar ao Sindicato: “Vamos dar as mãos para fortalecer essa luta porque juntos somos mais fortes”.

Matuzalém Albuquerque, diretor da Fetec, também ressaltou a importância do banco público e advertiu: “Quando ele passa a ser privado, visa somente o lucro e explora a população com cobranças absurdas de taxas e juros”. O dirigente emendou que “o banqueiro não tem sentimento, não respeita o cidadão, ele só pensa no lucro exorbitante, e não dá a mínima condição de trabalho aos bancários. E, nas mesas de negociação, só quer retirar os nossos direitos. Não podemos aceitar isso e não vamos esmorecer. Vamos lutar até o fim pelos nossos direitos”.

Reajuste digno e melhores condições de trabalho

“Estamos pleiteando um reajuste digno e melhores condições de trabalho”, enfatizou a diretora da Fetec Samantha Sousa, que endossou as palavras dos colegas na defesa dos bancos públicos. “O auxílio emergencial está sendo feito somente pela Caixa porque os bancos privados só se preocupam com os lucros, e não querem atender a população de baixa renda. Já os bancos públicos exercem uma função social junto à população, além de terem as menores taxas. Por isso temos de defender a Caixa, o BB e o BRB”.

Também estiveram presentes nas atividades de hoje os diretores do Sindicato Rafael Zanon, Sandro Oliveira e Humberto Maciel, e os da Fetec Wadson Boaventura, Ivan Amarante, Juliano Braga, José Wilson e Enilson da Silva.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília