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10 de Janeiro de 2017 às 06:13

Sindicato intensifica mobilização em defesa da Caixa e dos seus empregados


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Poucos dias após anúncio da direção da Caixa, pela imprensa, de que irá implantar um novo plano de demissão voluntária (PDV) que pretende desligar 10 mil funcionários, o Sindicato deflagrou nesta segunda-feira (9), semana em que a empresa completa 156 anos, uma ampla mobilização em defesa do banco e dos seus empregados, intensificando a luta contra mais esse ataque do governo Temer.

O primeiro dia de atividades teve como alvo dez agências, onde diretores do Sindicato denunciaram à população os prejuízos que a medida irá acarretar. Com a distribuição de materiais informativos e dialogando com os empregados e a clientela, os dirigentes sindicais alertaram: com o PDV, a Caixa caminha rumo ao desmonte e à privatização.

“Nesta semana a Caixa completa 156 anos e nós perguntamos: comemorar o quê?”, indaga o diretor do Sindicato José Herculano, o Bala, lembrando que os empregados é que construíram este que é um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, mas que, em contrapartida, recebem de “presente" um plano de demissão, o caixa minuto e a retirada da insalubridade dos avaliadores de penhor. “Parabéns aos empregados que conseguirem se aposentar, porque isso será quase um prêmio com esse governo pavoroso”, acrescentou. 

“Queremos uma Caixa 100% pública. E sabemos que medidas como essa, de enxugamento do quadro, num banco onde é alto o número de adoecimentos, precarizam o trabalho e o atendimento à população, principalmente a carente, que é quem mais precisa”, destaca a diretora do Sindicato Vanessa Sobreira. 

Caos

Caso o PDV atinja o número de funcionários para o qual foi anunciado, cerca de 10% do total, o caos reinará no banco, principalmente nas agências. Devido ao escasso número de empregados, a rotina diária que os clientes enfrentam com filas enormes e serviço demorado só tende a piorar.

A medida também trará impacto aos empregados. Com a baixa no quadro funcional, quem permanecer na ativa sofrerá ainda mais com a pressão por metas e com sobrecarga de trabalho. Como consequência, haverá mais adoecimentos, afastamentos e piora nas condições de trabalho no banco.

Falta transparência

O Sindicato reclama ainda da falta de transparência e de diálogo da Caixa, que ignora as relações institucionais com as entidades representativas dos trabalhadores. O Sindicato já enviou dois ofícios ao presidente do banco, Gilberto Occhi, para tratar do assunto desde que foi levantando pela imprensa, mas ainda não obteve resposta.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação



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