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30 de Outubro de 2015 às 18:01

Sindicato homenageia os 30 anos do movimento histórico dos empregados da Caixa


 

Brasília - Ser reconhecido como bancário, trabalhar 6 horas diárias e poder se sindicalizar são direitos atualmente consolidados para empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal.

Mas, há três décadas, a realidade era outra. Esses profissionais, ainda chamados de economiários, trabalhavam 8 horas por dia e, pior, não podiam contar com os sindicatos para lutar por seus direitos.

Somente em 1985, com a primeira greve nacional dos bancários após a ditadura militar, é que essas conquistas se concretizaram. Foram várias as paralisações, entre elas a greve histórica de 24 horas, realizada em 30 de outubro, com o fechamento das agências do banco em todo o país.

“Há exatamente 30 anos, um grupo de empregados e empregadas da Caixa decidiu que deveríamos ser donos da nossa própria história. Não tínhamos direito à sindicalização, data-base e direito de sentar à mesa para negociar e reivindicar as condições de trabalho. Simplesmente, esperávamos o mês de janeiro para saber qual o reajuste dado pelo governo para nossos salários”, relembra a deputada federal e bancária da Caixa Erika Kokay.

“Daí, teve início a organização do movimento, que criou uma tradição de greves fortes e unificadas dos bancários da Caixa em nível nacional, que muito têm contribuído para o fortalecimento de toda a categoria”, ressalta o secretário de Formação do Sindicato, Antonio Abdan.

Participação do Sindicato

 

 

Um marco do movimento organizado entre os trabalhadores da Caixa, o Sindicato dos Bancários de Brasília desempenhou papel importante nesses avanços da categoria, primeira do país a conquistar data-base e unidade nacionais.

“A greve de 85 é de extrema importância para o movimento dos trabalhadores brasileiros. É um marco na história das lutas do Sindicato e dos bancários da Caixa”, enfatiza o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

“Saímos à frente aqui em Brasília. No dia da greve, desenhamos a bandeira do Brasil na porta da matriz da Caixa, para dizer às pessoas que, ao entrar naquele prédio, estariam pisando em um país que estava sendo devolvido para seu próprio povo. Vivíamos, em 85, com o fim da ditadura militar, uma efervescência de luta, de cidadania, de vida, de busca de direitos”, destaca Erika.

O Sindicato também foi de fundamental importância durante a negociação junto aos líderes do Congresso Nacional, para a aprovação, em outubro do mesmo ano, do Projeto de Lei 4111/84, de autoria do então deputado federal Léo Simões. Já em 17 de dezembro, o presidente da República à epoca, José Sarney, sancionava a lei que estabelecia a jornada de seis horas diárias para os empregados da Caixa.

“É muita história que já foi construída. E se muito vale o que foi feito, mais vale ainda, como diz o poeta, o que será construído. Tenho orgulho imenso de ser empregada da Caixa”, declara Erika, emocionada.

 

Fonte:  Seeb Brasília - Rosane Alves



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