Na última terça-feira (21), o Sindicato dos Bancários de Brasília e a Associação dos Funcionários Aposentados do BRB (AFABRB) encaminharam conjuntamente uma carta ao presidente do banco, Paulo Henrique Costa, expressando opinião sobre o processo de negociação que ocorre entre a AEBRB e o BRB, e que envolve o financiamento da Saúde BRB.
Conforme já divulgado anteriormente, o Sindicato e a AFA acompanham com bastante atenção esta negociação acionária, pois os dividendos que a AEBRB recebe hoje da BRB Card (a Associação detém 30,3% das ações) constituem a maior fonte de receita da Associação, e é o que permite o aporte à Saúde BRB de 25% do custeio das despesas assistenciais do plano de saúde dos empregados.
Na carta, Sindicato e AFA apontam a importância dessas entidades serem ouvidas no processo negocial, pois ele terá impacto direto no modelo de financiamento da Saúde BRB, o principal benefício do conjunto de trabalhadores do banco, sejam eles da ativa ou aposentados.
“Há vários aspectos relevantes nessa negociação, mas, do ponto de vista sindical, vimos há muito externando que a prioridade é a sustentabilidade estratégica da Saúde BRB e da qualidade de seu modelo”, diz André Nepomuceno, dirigente da Fetec-CUT/CN.
Transparência na AEBRB
Sobre esse assunto, o Sindicato chama a atenção da diretoria e do Conselho Deliberativo da AEBRB acerca da necessidade de a instituição dar visibilidade às tratativas que ora ocorrem, pois todos os empregados, ativos e aposentados, são associados automáticos e precisam ter acesso a informações tão relevantes. Infelizmente o site da Associação não apresenta nada sobre isso.
“Ressaltamos que a atual gestão da AEBRB se comprometeu com a transparência absoluta. Aliás, esse foi um dos lemas da campanha vitoriosa dos atuais gestores, na eleição ocorrida ainda em 2016. Infelizmente parece que as promessas ficaram só no discurso”, comenta Eustáquio Ribeiro, aposentado do BRB e diretor da Fetec-CUT/CN.
“Ainda sobre isso, chamamos atenção para o fato de a atual gestão ter aumentado a duração de seu mandato de cinco para sete anos, ao passo que prometeram durante a campanha reduzi-lo para três anos. E ainda terem se comprometido com alterações estatutárias que dessem transparência e tornassem democrático o processo de escolha para os cargos que cabem à Associação, em função do arranjo societário com o banco, o que também não se tornou realidade”, afirma Ronaldo Lustosa, secretário de Assuntos Parlamentares do Sindicato.
“Está na hora de a direção e o conselho da Associação utilizarem esse processo negocial com o banco para cumprirem suas promessas e, além de dar transparência ao que ocorre, sinalizarem com a realização de assembleia para alterar o estatuto visando à redução do mandato e tornando democrático e transparente o processo de escolha de conselheiros e/ou diretores para as empresas a que a Associação tem ou terá direito”, finaliza Alexandre Assis, diretor do Sindicato.
Da Redação