Belém PA - Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios não aceitam a privatização da empresa, nem a retirada de seus direitos. Os sindicatos filiados decidiram decretar greve geral por tempo indeterminado a partir das 22 horas do próximo dia 10 de setembro (terça-feira).
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) sugeriu a prorrogação das negociações por mais 30 dias, porém, a categoria já enfrenta cortes até mesmo no convênio médico. A direção dos Correios também se recusa a manter os mesmos benefícios da categoria do último acordo coletivo, já vencido. De acordo com o sindicato, é uma tentativa de empobrecer a categoria e deixar a empresa mais barata para facilitar o processo de privatização.
Aqui no Pará, o Sindicato dos Bancários esteve presente na audiência pública organizada pelo deputado Carlos Bordalo (PT) para discutir as consequências se os Correios fossem privatizados e quais os motivos para se falar em privatização.
De acordo com o presidente do SINCORT/PA, Israel Pereira, a onda de ameaças de privatização está por todo país, em diversas categorias, e os motivos dados como justificativas da privatização dos Correios não procedem.
Além disso, o artigo 21 da Constituição Federal diz que compete a União manter o serviço postal. Ou seja, o Governo Federal e a União são obrigados a universalizar e manter o serviço postal em todo país.
Repudiamos a postura do governo de Jair Bolsonaro de privatizar o patrimônio público do país, tão estratégico para que o estado brasileiro possa garantir a dignidade do seu povo.
O Sindicato dos Bancários se solidariza com a luta da categoria e dos colegas do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Estado do Pará (SINCORT/PA) e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (FENTEC).
Fonte: Bancários PA