Assim como fomos contrários à reforma da previdência de Jair Bolsonaro (Proposta de Emenda Constitucional 06/2019), que retira direitos da classe trabalhadora com o falso argumento de austeridade necessária para promover o crescimento econômico nacional, o Sindicato dos Bancários do Pará também repudia veementemente o projeto do Governo Helder Barbalho (MDB) de reforma da previdência para os servidores públicos estaduais do Pará, projeto este que transfere para os trabalhadores e seus familiares as consequências drásticas de anos de renuncia fiscal que somente favoreceu ao setor das indústrias de mineração no estado.

O Governo do Pará apresenta uma proposta que massacra as condições socioeconômicas dos servidores e servidoras estaduais, tendo em vista que aumenta idade mínima para aposentadoria de homens para 65 anos e mulheres para 62 anos, aumenta o tempo de contribuição previdenciária para 40 anos e a alíquota dos trabalhadores de 11% para 14%, reduz a pensão para 50% e não apresenta nenhuma alternativa para recuperação do poder de compra dos servidores, o que levará, inevitavelmente, ao aprofundamento do endividamento da categoria que foi enganada recentemente pelo governador no processo de repactuação de dívidas no Banpará.

Também queremos deixar claro aos deputados e deputadas estaduais, que da mesma forma como denunciamos os parlamentares do Congresso Nacional, tanto da Câmara como do Senado, faremos o mesmo com os parlamentares da Assembleia Legislativa Paraense que votaram a favor da reforma da previdência do Governo do Pará.

Repudiamos a truculência utilizada pela Polícia Militar na repressão ao movimento dos trabalhadores contra a reforma da previdência de Helder Barbalho. E declaramos nossa solidariedade incondicional às servidoras e servidores públicos do Pará que seguem bravamente em luta contra os ataques do Estado aos seus direitos.

Sindicato dos Bancários do Pará