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25 de Setembro de 2020 às 07:00

Sindicato cobra resposta do Banpará sobre retorno do Grupo de Risco


A convocação geral feita pelo Banpará aos seus funcionários na última quinta-feira (17), para que todos e todas retornassem ao trabalho presencial nas unidades do banco já na sexta-feira (18), inclusive os bancários e bancárias que integram o grupo de risco à Covid-19, gerou preocupação e indignação em meio à categoria e às entidades sindicais.

Por esse fato, o Sindicato dos Bancários do Pará lançou nota pública com críticas à medida e protocolou ofício em busca de esclarecimentos da instituição em mesa de negociação.

O pleito foi aceito e na última terça-feira 22/09 a vice-presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira; e a funcionária do Banpará, Vera Paoloni foram recebidas pelo Banpará, através do diretor administrativo Paulo Arévalo e da assessora da DIRAD, Luana Pontes, por telereunião.

Na oportunidade, as dirigentes sindicais reafirmaram que a medida não poderia ter sido implementada sem antes haver um diálogo com as entidades representativas dos trabalhadores em mesa permanente de negociação, situação que coloca o Banpará como o único banco no Brasil a convocar oficialmente seus funcionários que integram o grupo de risco a retornar ao trabalho sem o fim da pandemia. E sem observar que o impacto da pandemia é diferente em cada pessoa.

O Banpará, por sua vez, limitou-se a argumentar que apenas seguiu os termos da convocação feita através de decreto do Governo do Estado, ao qual a instituição está vinculada.

Da reunião, após um vigoroso debate, ficou acertado que o banco analisará caso a caso, as situações de maior risco no retorno ao trabalho presencial. Mas, apenas para as áreas que atuam em teletrabalho, o que não abrange as agências.

“Não houve um entendimento entre as partes. Permaneceu a questão de cumprimento ou descumprimento do Acordo Coletivo ser tratado na via judicial, mas o Banpará afirmou que, apesar da convocação geral, está disposto a dialogar os casos de risco de saúde extremo, de pessoas que tenham a possibilidade de teletrabalho, pessoas que ainda queiram fazer uso de folgas ou férias para o não retorno imediato”, destaca a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários, Tatiana Oliveira.

“O Banpará se apressou demais em cumprir o decreto do governo estadual, sem olhar para a realidade de cada bancário do grupo de risco. É uma medida perigosa e torço para que amanhã, o Banpará não venha se arrepender desse chamamento às pressas, sem avaliar que há maiores ou menores riscos”, ressalta a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

Fonte: Bancários PA


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