Os bancários e bancárias da matriz do Banpará em Belém foram recebidos, na manhã desta quarta-feira (30), segundo Dia Nacional de Luta, pelos diretores e diretoras do Sindicato que estiveram na unidade para convocar o funcionalismo do banco para a assembleia de greve amanhã (1º), às 19h, em Belém.
“Falta apenas um dia para a assembleia que vai definir o rumo da nossa categoria em todo o país. Esse é o momento decisivo para todos os bancários e bancárias que devem deliberar nesta quinta-feira pelo início da paralisação por tempo indeterminado, a partir do dia 6 de outubro, no Pará, por isso é de extrema importância a presença de todos e todas”, convoca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
No Banpará, as negociações específicas seguem de forma lenta e por duas vezes teve que ser interrompida por causa da intransigência do banco no diálogo com as entidades sindicais. O motivo da suspensão da terceira rodada que deveria ter ocorrido na última quinta-feira (24) foi o mesmo que cancelou a mesa inaugural no dia 8 de setembro: a representação das entidades na mesa.
“As entidades sindicais sempre estiveram e estão abertas ao diálogo, bem diferente da direção deste banco que tem feito de tudo para impedir o avanço nas negociações em um total desrespeito com quem representa a categoria do Pará e principalmente com o seu funcionalismo que espera todo ano ansiosamente por esse momento. Já que o Banpará não quer negociar nossa resposta virá a partir do dia 6”, destaca a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.
O segundo Dia Nacional de Luta, de um calendário de mobilizações aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários, foi também para informar a população sobre a campanha Nacional da categoria e os próximos passos que devem afetar o atendimento aos clientes e usuários.
“A nossa Campanha tem um calendário nacional seguido por todas as capitais, uma vez que as reivindicações e conquistas contemplam a categoria em todo o país. Nossas demandas vão além de melhores salários e condições de trabalho, pensamos também na população quando construímos nossa minuta onde pedimos mais segurança para nós, clientes e usuários, mais bancários para que o atendimento ao público fique melhor, redução dos juros e tarifas elevadas, abertura de mais agências, para que a população de municípios mais distantes possa contar com o atendimento bancário. Por esse e outros motivos que desde já pedimos a colaboração, a compreensão e o apoio da população”, esclarece o diretor do Sindicato, Gilmar Santos.
Assembleia 1º de outubro
O Sindicato dos Bancários do Pará convoca todos os bancários e bancárias para assembleia geral extraordinária no dia 1º de outubro (quinta-feira), às 19 horas, na sede da entidade em Belém (Rua 28 de setembro, 1210 – Reduto – entre Doca e Quintino), para avaliar e deliberar sobre a rejeição da contraproposta apresentada pela Fenaban; e deliberação da greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 6 de outubro.
De acordo com a Lei de Greve (7.783/89), após a aprovação em assembleia, o prazo para o início da greve é de 72 horas, por isso o intervalo de 5 dias entre a assembleia deliberativa e o primeiro dia de paralisação por tempo indeterminado.
Caso a greve seja aprovada, o aviso de paralisação será publicado pelo Sindicato em jornal impresso, nos veículos oficiais de comunicação da entidade, para que a categoria bancária e a sociedade em geral, sejam informadas de forma objetiva e transparente sobre o movimento paredista, como sempre é feito.
No dia 5 de outubro, um dia antes da greve, ocorre a assembleia de organização do movimento paredista, às 19 horas, também na sede do Sindicato.
Principais reivindicações da categoria
Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);
PLR: 3 salários mais R$7.246,82;
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT