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3 de Junho de 2016 às 06:08

Segunda negociação com o Santander para renovação do acordo aditivo não avança

Depois de quase 20 dias da entrega da minuta, o banco compareceu ao encontro sem nenhum retorno às reivindicações dos bancários


Crédito: Mauricio Morais/Seebsp
Alguns dos principais assuntos da reunião estão ligados a saúde, como as cláusulas 25 e 27

São Paulo - Decepção. Esse foi o sentimento dos dirigentes sindicais da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander ao saírem da segunda rodada de negociação sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), realizada nesta quarta-feira (1), em São Paulo. Depois de quase 20 dias da entrega da minuta, em 12 de maio, o banco compareceu ao encontro sem nenhum retorno às reivindicações dos bancários.

Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e representante da confederação na COE, classificou a atitude como desrespeitosa, pois a minuta é composta por dois tipos de clausulas: as que precisam apenas de renovação – com simples adequação de redação e atualização datas e valores –, e clausulas novas ou com inclusão de novos parágrafos. “Mesmo as cláusulas novas, não são novidade para o banco, pois elas já estiveram presentes em negociações anteriores. Portanto, não há motivo para toda essa demora.”

Alguns dos principais assuntos da reunião, que durou todo o dia, estão ligados a saúde, como as cláusulas 25 e 27, que tratam das políticas preventivas de saúde e condições de trabalho e do programa de retorno ao trabalho, respectivamente. Clique aqui e veja a minuta na íntegra.

Os representantes dos trabalhadores reivindicam ao banco melhorias na política de entrega de atestados médicos, pois muitas vezes o empregado afastado tem dificuldade em protocolar o atestado em seu local de trabalho. Há casos ainda em que o banco não respeita o parecer médico apresentado.

Também foram entregues denúncias de que os bancários estão tendo dificuldades em conseguir cópia da avaliação medica, seja periódica ou demissional. No caso das demissões, há o agravante de o exame ser marcado para o mesmo dia em que o trabalhador é comunicado do seu desligamento. “O banco afirmou que este problema está sendo resolvido, mas continuamos a receber reclamações”, afirmou Maria Rosani, coordenadora da COE Santander.

O programa de retorno ao trabalho aplicado atualmente pelo banco não tem funcionado. Em muitos casos, o bancário retorna para o local de trabalho, mas permanece sem acompanhamento adequado e até sem função. “Por isso tratamos essas questões como prioritárias para inclusão no aditivo”, Paulo Roberto Garcez, representante da Fetrafi RJ/ES na COE Santander.

 

Tarifas

Também foram debatidas isenção de tarifas e redução de taxas de juros para os funcionários. Embora haja alguns pacotes especiais de tarifas, os dirigentes sindicais entendem que deveriam ser gratuitos, uma vez que os trabalhadores são responsáveis pelo crescimento e altos lucros do banco.

 

Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Pena garante à mulher vítima de violência que se afastar por determinação judicial, de seu local de trabalho, a manutenção do seu vincula trabalhista. A cláusula 20 da minuta reivindica que o salário e todos os demais benefícios também sejam assegurados.

 

Previdência complementar

Os representantes dos trabalhadores reivindicam ainda que o Banesprev seja responsável pela a administração de todos os planos de previdência de seus funcionários no país. “O Banesprev é o único plano de previdência complementar que conta com representantes dos funcionários na gestão do fundo, o que consideramos fundamental para gerir nossos recursos”, explicou Camilo Fernandes, presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander (Afubesp). A única exceção da clausula é o Bandeprev, que já conta com trabalhadores em sua administração.

Os sindicalistas esperam que o banco apresente respostas às reivindicações, na próxima reunião, marcada para o dia 8 de junho.

Fonte: Contraf-CUT


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