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9 de Setembro de 2020 às 08:28

Santander confirma mais um caso de Covid-19 em Dourados e reabre agência sem desinfecção


Depois de ter a agência 4521 (João Candido Câmara) fechada na manhã da última sexta-feira (04), com a confirmação de um caso de contaminação entre os funcionários, após resultado de exames realizados no mesmo dia com os demais trabalhadores, mais um caso foi diagnosticado e confirmado pela administração do banco no final da tarde ainda da sexta-feira.

Nos dois casos os funcionários passam bem e cumprem quarentena em casa. O banco garantiu a direção do sindicato que está prestando a assistência necessária, inclusive com acompanhamento psicológico tanto aos infectados pelo coronavírus, quanto aos demais funcionários da referida agência.

Banco tomou providências importantes mas não cumpriu o protocolo como deveria

Embora a administração do banco tenha adotado medidas de prevenção importantes, como o imediato fechamento da agência, a testagem de todos os funcionários e a colocação dos infectados em quarentena, a agência não passou pela devida desinfecção, que chegou a ser anunciada em matéria de site de notícias da capital do Estado.

Para Carlos Longo, Presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, “Embora as medidas adotadas pelo banco estejam de acordo com os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde e pactuados com o movimento sindical, é preocupante a postura do banco em não realizar a desinfecção, que também é fator essencial para a garantia da saúde dos trabalhadores que continuarão trabalhando na agência, assim como para os clientes e usuários daquele local de concentração de pessoas durante o expediente bancário”.

Ainda segundo Longo: “a desinfecção seria ainda mais necessária por conta de que durante o final de semana houve circulação de pessoas em decorrência do trabalho de reforma que está ocorrendo no interior da agencia, o que é mais uma agravante de possibilidade de o vírus ter continuado ativo, mesmo com o feriado prolongado”.

Sindicato cobrou o banco e passou a questão para o Comitê de Crise bipartite do Covid 19

Ao tomar conhecimento na manhã desta terça-feira (08/09) de que a agência abriria normalmente sem que a desinfecção houvesse ocorrida no final de semana o diretor do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, Laudelino Vieira, que é funcionário do Santander entrou em contato com a administração da agência que apenas confirmou a informação e disse que estaria cumprindo o protocolo adotado pela direção do banco.

Com a afirmativa, o Presidente do Sindicato, Carlos Longo, ligou imediatamente para a Superintendente Regional MS do Santander, Keila Melo, cobrando para que a agência só voltasse a funcionar com a devida desinfecção, porém a mesma insistiu que o banco estaria cumprindo o protocolo adequado e mesmo com o presidente do sindicato insistindo para a temeridade de tal medida, da apreensão dos funcionários e, do real risco que os trabalhadores, clientes e usuários estão correndo, a representante do banco se manteve irredutível.

Diante deste quadro Carlos Longo contactou o Secretário de Saúdo do Trabalhador da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Mauro Salles Machado, que é o representante da Entidade junto ao Comitê bipartite de Crise com participação do Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos, criado para acompanhar as orientações das autoridades de saúde diante da pandemia gerada pelo novo coronavírus (COVID-19) e tratar das medidas a serem tomadas pelos bancos.

Segundo Longo, “O representante da Contraf foi taxativo ao afirmar que essa postura do banco não condiz com a que foi pactuada com o movimento sindical junto ao comitê de crise, e que o mesmo vai discutir o assunto com a direção nacional do Santander e cobrar que o protocolo seja cumprido na íntegra pelo banco”.

O Sindicato continuará acompanhando o caso e cobrando que as medidas de prevenção sejam adotadas na sua totalidade para amenizar os riscos e dar segurança de saúde e também psicológica aos trabalhadores. Lembramos que os eventuais danos que esta postura da direção do Santander causar a seus funcionários ou terceiros é de responsabilidade exclusiva do banco, que tem plena ciência do que está praticando.  

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região       


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