Brasília - Em mesa de negociações de Saúde dos funcionários do Banco do Brasil, nesta segunda-feira (16), em São Paulo, a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) apresentou aos representantes do banco os diversos problemas que levam os bancários a ficarem sem remuneração durante o afastamento para tratamento de saúde.
Os representantes da CEBB esclareceram que existem procedimentos que devem ser seguidos que nem sempre estão claros para os funcionários. Cobraram maior divulgação e clareza destes procedimentos para que nenhum funcionário seja prejudicado.
O banco disse que cabe ao gestor de cada agência/departamento fazer o acompanhamento dos funcionários afastados para tratamento de saúde e que vai elaborar e disponibilizar um e-book com os procedimentos aos funcionários e às entidades de representação.
Também será constituído pelo banco um Grupo de Trabalho para repensar a condução desses casos de saúde.
Pessoas com restrição ao atendimento
Sobre essa questão, o departamento de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) do BB informou que o banco analisa caso a caso os problemas de restrição ao atendimento. Esclareceu que as dúvidas sobre casos específicos deverão ser remetidas aos respectivos SESMTs e que estes serão orientados a receber as demandas dos sindicatos.
De acordo com os representantes dos trabalhadores, os maiores problemas ocorrem com as pessoas que já tiveram restrição ao atendimento e agora, com a evolução de seus casos e as novas normas do INSS, não têm mais restrição. Eles reivindicaram que, se caso elas precisarem ser alocadas em funções de atendimento, antes precisam passar por uma adaptação. E ressaltaram que a preferência destas pessoas costuma ser por continuar a trabalhar nos departamentos.
PAQ e SACR
Apesar de ser uma reunião específica para tratar de questões de saúde dos funcionários, a CEBB aproveitou para obter informações sobre o Programa Adequação de Quadros (PAQ). A última rodada de regularização de praças em excessos ocorreu na sexta-feira (13).
O banco informou, ainda, que cerca de 2.300 pessoas se desligaram do banco durante o PAQ e que o Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) nacional ocorrerá no dia 24 deste mês e terá caráter voluntário.
“Desaposentados”
A CEBB também apresentou o problema dos “desaposentados” que estão em fase de readaptação ao trabalho e, por possuírem baixa pontuação no SACR, não conseguiram ser removidos para as agências que desejavam.
PSO e banco de horas
Os representantes dos trabalhadores também ressaltaram que continuam havendo pressão pela Plataforma de Suporte Operacional (PSO) para que os funcionários façam a adesão ao banco de horas e também para retirar folgas. O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários do BB veda esse tipo de pressão sobre o trabalhador.
O banco ficou de orientar melhor as áreas e alertar quanto à irregularidade desta conduta.
Acúmulo de funções
Com relação ao risco operacional decorrente do acúmulo de função no Atendimento Integrado Negocial e Caixa, o banco ficou de analisar melhor essa questão, alegando que por ser algo muito recente, ainda não ter tido a possibilidade de se aprofundarem no assunto.
Da Redação