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23 de Julho de 2019 às 07:24

REFORMA: “O grande problema está no desemprego, que afeta diretamente a arrecadação da previdência”, avalia José Menezes Gomes


Crédito: SEEB/RO

Porto Velho RO - A crise econômica do país não é culpa da previdência social e a reforma proposta pelo atual governo federal não será a solução, pois o grande problema está no desemprego, que afeta diretamente a arrecadação da previdência. É essa a avaliação do doutor em História Econômica e professor da Universidade Federal de Alagoas e Coordenador do Núcleo Alagoas da Auditoria Cidadã da Dívida, José Menezes Gomes, em sua palestra no Congresso dos Bancários do Estado de Rondônia (COBAN) no último sábado, 20 de julho, em Porto Velho.

“Quem não tem emprego não tem como contribuir. O problema da crise no país está no desemprego e não na previdência social, esta sim, diretamente afetada pela falta de emprego. Ora, se o cidadão não tem emprego e, portanto, não tem um salário a receber todos os meses, como ele vai contribuir para a previdência”, questiona o professor, que acrescenta que a reforma trabalhista só ampliou a desregulamentação e a redução da receita, já que ela “pressupõe a desoneração”.

José Menezes acredita que as ações da equipe econômica do governo representam uma nítida defesa dos interesses dos poderosos em detrimento ao interesse da classe trabalhadora e mais pobre. “Tudo o que o ministro Paulo Guedes está fazendo é um adido de América Acima de Tudo, ou também Banqueiros Acima de Tudo. Pela proposta dessa reforma, está claro que a alta cúpula continua com todos seus direitos, que nada mudou, enquanto que, para os mais pobres, representa o fim da aposentadoria. Eles querem tirar R$ 1 trilhão dos mais pobres e promover, a todo custo, a capitalização, que nada mais é que colocar a velhice do trabalhador nas mãos do mercado. E sabemos que é este o sonho dos bancos, que também vendem previdência, vendem saúde e até energia elétrica. O dono da Energisa pertence ao Itaú, para se ter uma idéia”, destaca o professor, que analisa ainda que o texto da proposta da ‘nova previdência’ é cruel na questão de pensão por morte. “É grave! É retirar justamente daqueles que estão mais fragilizados”, sentenciou.

 

O CONGRESSO

“O Sindicato está de parabéns por essa iniciativa que une os trabalhadores. No entanto, é importante que ações como essa sejam feitas dentro, mas também fora da categoria, para promover a ampliação do conhecimento e estimular a participação mais efetiva de todos para a luta”.

Fonte: SEEB-Rondônia

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