O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, convocou para esta terça-feira, às 15h, coletiva de imprensa para 100 pessoas, no Teatro da Caixa. O evento fere frontalmente as medidas que visam evitar a contaminação das pessoas pelo Covid-19 e a disseminação do vírus.
O decreto do governo do Distrito Federal não permite, em hipótese alguma, a aglomeração de pessoas. O Teatro da Caixa está fechado para qualquer tipo de evento.
A convocação da coletiva de imprensa é, portanto, uma afronta ao decreto. Configura, sim, atitude temerária, com alto risco para a saúde pública.
Os empregados da Caixa, que vivem o drama de terem que atender a população, expondo-se ao risco, estão sendo prejudicados pelo presidente da empresa. A imagem da instituição 100% pública, com papel social, também.
O pagamento do auxílio emergencial às pessoas sem renda para atravessar esse período em que não podem trabalhar, tema da coletiva convocada pelo presidente da Caixa, tem grande importância no momento, mas não se justifica a grande concentração de pessoas no teatro. As informações podem, sim, ser repassadas de forma diferente, sem prejuízo algum, como no formato de videoconferência, por exemplo.
O Sindicato registra o seu repúdio a essa atitude de quebra do isolamento social, em momento crítico da pandemia no DF, com toda a sociedade se unindo em esforços para o combate ao coronavírus. E espera que a presidência da Caixa reveja essa medida temerária, afinal, os empregados do banco, a quem se deve o mérito maior pela realização e operacionalização do maior programa social do mundo, capaz de assegurar o atendimento a mais de 120 milhões de brasileiros, merecem e exigem respeito às suas vidas, para que possam continuar se dedicando às implantações das soluções capazes de assegurar proteção e amparo a milhões de pessoas.
Evando PeixotoColaboração para o Seeb Brasília