Brasília - Uma medida no mínimo segregacionista e assediosa provocou revolta entre os funcionários do Banco do Brasil lotados no edifício Sede VII. A pretexto de promover a organização de um processo seletivo para um grupo de 160 executivos da instituição, a diretoria do BB resolveu simplesmente sacrificar a rotina de mais de 800 bancários que trabalham ali.

“Foram dois dias de seleção, o suficiente para transformar a rotina dos colegas do prédio num verdadeiro caos”, classifica o diretor da Fetec-CUT/CN Wescly Queiroz, que é bancário do BB.

Os transtornos atingiram tanto o deslocamento interno entre os locais de trabalho quanto o refeitório. Dos três elevadores disponíveis – número por si só insuficiente para atender as demandas -, um foi reservado para uso exclusivo dos executivos. Já no Espaço Gourmet, os bancários só puderam utilizar três mesas, passando por um sufoco constrangedor.

“Qual o objetivo de dividir dessa maneira funcionários que trabalham na mesma empresa? Por que os executivos puderam usufruir de privilégios em detrimento da esmagadora população do prédio? Não tem cabimento essa medida segregacionista e assediosa. Independentemente do cargo, somos todos bancárias e bancários, de modo que as medidas preconceituosas tomadas pelo banco em prol dos executivos, como se intocáveis fossem, em nada contribuem para o bom convívio na empresa”, protesta Wescly, informando que o Sindicato irá cobrar do BB que episódios dessa natureza não mais ocorram.

Fonte: SEEB/Brasília - Da redação