Após análise dos termos negociados em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (29), por videoconferência, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília decidiu orientar a aprovação da proposta negociada pelo movimento sindical.
Por problemas técnicos, a votação foi aberta a partir das 16h de 01/07 e vai até às 18h de 03/07.
“A presente proposta é resultante de um amplo esforço do movimento sindical, que, diante do grave quadro da pandemia por COVID – 19, procurou desde o primeiro momento mecanismos de proteção aos trabalhadores. Nesta perspectiva, as sucessivas negociações resultaram na pactuação de medidas de isolamento que no BB significou a colocação de mais de 40 mil colegas em home office ou em disponibilidade. Todavia, para cerca de um terço dos trabalhadores estas medidas, embora indispensáveis à proteção à saúde e vida dos colegas, ensejaram questões que agora serão disciplinadas com a proposta do presente acordo, por exemplo, abono de horas, disciplinamento de banco de horas negativo, férias, além do compromisso de não descomissionar enquanto perdurar o estado de calamidade”, explica o Presidente do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Kleytton Morais.
Conquista dos trabalhadores
O acordo deve ser considerado uma conquista dos bancários do Banco do Brasil. Todavia, o processo encontrou percalços. Um deles foi a Portaria Conjunta nº 20, que altera a abrangência do grupo de risco para a contaminação pela Covid-19, por exemplo, excluindo as pessoas com mais de 60 anos sem comorbidades e garantindo apenas as gestantes de alto risco. “Algo extremamente grave que poderia ensejar, consoante o disposto na referida portaria, não fosse a negociação, o retorno ao trabalho presencial dos funcionários deste grupo, mesmo com os números crescentes de mortes pela doença no país,” destaca Marianna Coelho, secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato e representante dos funcionários na Comissão de Empresa do Banco do Brasil.
“Para além desta fundamental perspectiva, a proposta avança em debates importantes para o conjunto dos funcionários do Banco e vem após um difícil processo de negociação”, explica Marianna.
Do que trata a proposta de acordo BB COVID -19:
Abono de dias e saldo de horas negativas
• abono dos dias 7 a 9 de abril bem como dos dias 27 e 28 de abril para os funcionários que foram colocados em férias compulsórias;
• Desconto de 10% do saldo total de horas negativas acumuladas de 07 de abril até 31 de dezembro;
• As tratativas em mesa de negociação possibilitaram o abono total do saldo de horas negativas do dia 16 de março até o dia 6 de abril;
• Garantia de pagamento de banco de horas positivas nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho vigente desde 2018.
Garantia de período mínimo de férias
• manutenção de um período mínimo de 15 dias de férias, impossibilitando que o banco zerasse as férias dos trabalhadores;
Compromisso assumido
• não descomissionamento por desempenho até o final da pandemia
O coordenador da CEBB, João Fukunaga, explica que a conquista de não descomissionamento garante o salário das pessoas nesse momento de pandemia em que as pessoas estão aflitas. “O acirramento da cobrança de metas por parte do banco neste período deixou muitas pessoas inseguras e preocupadas. Assim, essa medida é fundamental para garantir a comissão e o salário das pessoas, pelo menos, até o fim do decreto de calamidade pública, em 31/12.”
Com informações da Contraf-CUT