Porto Velho RO - A greve nacional dos bancários completou 29 dias nesta terça-feira (4/10) e não tem a menor previsão de acabar enquanto os bancos mantiverem o silêncio e não chamarem o Comando Nacional dos Bancários para negociar uma proposta justa para a categoria. Desde o dia 29 de setembro, quando a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou uma proposta que representa perdas imediatas e futuras para os trabalhadores - e que foi prontamente rejeitada pelos representantes dos bancários - que não há nenhum sinal do setor patronal de uma nova rodada de negociação.

Por conta deste silêncio e 'descaso' dos banqueiros, a greve, que já estava atingindo patamares recordes, está ainda mais forte, já que os bancários em todos os Estados, por meio de assembleias, decidiram acompanhar a orientação do Comando Nacional e rejeitaram a proposta absurda de 7% de reajuste salarial e um abono de R$ 3,5 mil, e a previsão de ganho real de 0,5% para 2017. Ou seja, em todas as propostas patronais, há perdas para os bancários que jamais serão recuperadas.

Em Rondônia o número de agências fechadas continua em 119 das 130 existentes no Estado, o que representa mais de 91% de adesão e que tem causado inúmeros transtornos para a população em geral.

"Sabemos que uma greve tão demorada assim causa transtornos a todo mundo, e nós, bancários, nunca desejamos isso de forma alguma. A população precisa saber que a culpa da greve é pura e exclusivamente dos bancos, que mesmo obtendo lucros sucessivos, quer impor uma política salarial de total desvalorização dos trabalhadores, e isso não podemos admitir. Não podemos recuar e aceitar isso, e por isso continuamos a greve e com mais força e unidade", destaca José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários de Rondônia (SEEB-RO).