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14 de Outubro de 2015 às 09:31

População reconhece importância e apoia greve dos bancários

Greve se fortalece no DF e ganha apoio de clientes dos bancos


A população brasiliense – também vítima do descaso e exploração dos banqueiros --  reconhece a importância e necessidade da greve e considera a paralisação justa e legítima. Entrando na segunda semana em que os trabalhadores cruzaram os braços, até agora ainda não há nenhuma sinalização de acordo com os bancos para suspender o movimento, iniciado na terça-feira (6).A reivindicação da categoria é de reajuste salarial de 16%, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu irrisórios 5,5%.

Atendente de captação, Ailton Almeida apoia o movimento por considerar que é um direito do trabalhador em busca de melhorias e critica os bancos que faturam bilhões em cima dos próprios clientes e funcionários. “Eles não pagam um salário digno e nem oferecem condições de trabalho adequadas para os bancários e nem um bom atendimento”, reconhece o cliente do Itaú.

O policial militar Lusimar Arruda também critica a postura dos banqueiros “que ganham cada vez mais e não valorizam os bancários”. E acrescenta: “Mas, infelizmente, nosso país é assim, só quem ganha menos é que sofre retaliações”. 

“Não é justo a gente aceitar um aumento tão baixo que não repõe nem a inflação. E também não é justo a gente passar por assédio moral todos os dias. Nós merecemos respeito”, ressalta a delegada sindical e bancária do Banco do Brasil Maria José.

Adesão do Basa

Na sexta-feira (9), o movimento ganhou a adesão dos bancários da agência do Banco da Amazônia (Basa) em Brasília, que também decidiram paralisar as suas atividades. 

Compreensão e colaboração

O diretor do Sindicato e empregado da Caixa José Herculano (Bala), que participou de mobilização na Asa Norte nesta terça-feira (13), pediu a compreensão de toda a população e convocou todos os bancários a participarem da assembleia que acontece nesta quarta (14), em frente ao Ministério da Fazenda,  “para discutirmos  os rumos da Campanha Nacional 2015 e para fortalecer nossa luta”.

Adilson Sousa, diretor do Sindicato e também empregado da Caixa, observou que “a greve cresce a cada dia no DF e a população tem demonstrado estar do nosso lado, os clientes tem entendido a nossa luta”. Ele destacou que o Sindicato tem orientado e falado dos lucros exorbitantes dos bancos e da exploração e sobrecarga de trabalho a que são submetidos os bancários.

“O Bradesco, por exemplo, teve um lucro R$ 8,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano e na hora de oferecer o reajuste os banqueiros vêm com 5,5%. Para os bancos não tem crise. Por isso, você que ainda está tentando trabalhar venha para o lado de cá. A greve é nossa, é forte, mas precisamos de você nela também”, conclamou o dirigente sindical.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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